A Polícia Federal apreendeu R$ 800 mil em espécie nos endereços – R$ 710 mil na casa de praia – do empresário de prenome Alex, alvo da Operação Offerus, deflagrada nesta terça-feira (21) e que culminou com o afastamento dos prefeitos de Ipirá, Marcelo Brandão (DEM), e Pilão Arcado, Afonso Mangueira (PP) (VEJA AQUI). De acordo com a PF, os dois prefeitos foram flagrados recebendo propina do esquema que desviava recursos do transporte escolar. Além dos dois municípios, a PF e a Controladoria-Geral da União investigam o funcionamento do esquema nas cidades de Alagoinhas, Casa Nova, Conde e Jequié.
“Para executar esses serviços eles superfaturavam o contrato, terceirizava integralmente a execução do serviço para motoristas locais e, excluído todo o valor do imposto que ele pagava, todo o restante era superfaturamento. Para cada contrato desse, o superfaturamento era de R$ 300 mil por mês, em cada município. Esses R$ 300 mil eram utilizados para pagar propinas para os prefeitos e servidores públicos”, explicou a delegada Luciana Caires. A estimativa é que os prefeitos recebiam cerca de R$ 50 mil por mês para manter o esquema em funcionamento desde o começo de 2017.
Conforme divulgado previamente, o empresário preso preventivamente é dono de uma loja de móveis no Rio Vermelho, em Salvador, e utilizava funcionários como laranjas, como se fossem sócios efetivos dessas empresas de transporte escolar. O esquema começava desde o processo de licitação, com o uso de prepostas das empresas como responsáveis pelos pregões.
Segundo a PF, existem comprovantes do recebimento de recursos indevidos por Marcelo Brandão e Afonso Mangueira, incluindo vídeos e mensagens, ambas de 2017. No entanto, as imagens não podem ser divulgadas. No caso de Mangueira, o pagamento costumava ser feito em espécie diretamente ao gestor. Já o repasse para Brandão ocorria por transferência eletrônica. Os dois prefeitos, de Ipirá e Pilão Arcado, foram afastados pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região, por 10 dias. As cidades ficarão sob o comando dos vice-prefeitos.
Fonte: Bahia Notícias Foto Whatsapp
8 comentários
21 de Aug / 2018 às 13h35
Por que não investigam a merenda escolar em Juazeiro?
21 de Aug / 2018 às 14h55
Interessante é que em Juazeiro, partes dos transportes escolares também são terceirizados, há uma empresa no controle. Oxalá que este esquema não esteja existindo também por aqui.
21 de Aug / 2018 às 15h01
Esses prefeitos de todas as cidades devem ser permanentemente investigados. Não pode deixar correr solto.
21 de Aug / 2018 às 20h29
Não basta só a cadeia para esses crápula, ordinários, ladrões do suor do povo. Tem que confiscar cada centavo roubado, fazer uma varredura nas contas deles e dos seus familiares pra rastrear todo dinheiro roubado durante todo o tempo que funcionou o esquema e devolver aos cofres públicos. Chega não aguentamos mais e os granes responsáveis os maus Empresários devem ter o mesmo tratamento.
22 de Aug / 2018 às 06h30
São uns caras lavadas. Acabando com a educação. Em Pilão Arcado Carrões, fazendas, compras de imóveis, um transporte escolar inexistente. São coisa absurdas q o povo fala nas ruas.
22 de Aug / 2018 às 12h03
Tá chegando perto de Juazeiro...
22 de Aug / 2018 às 14h51
Eu não entendo porque o ex Prefeito de juazeiro esta inelegivel,e não é investigado pela policia Federal,onde ele aplicou os dois milhões do IPJ.
22 de Aug / 2018 às 14h51
Eu não entendo porque o ex Prefeito de juazeiro esta inelegivel,e não é investigado pela policia Federal,onde ele aplicou os dois milhões do IPJ.