Cerca de 200 pessoas participaram, quarta-feira (08), da caminhada contra violência à mulher na cidade de Jeremoabo - BA, a 370 quilômetros de Salvador. O ato marcou o início das atividades do Programa de Amparo à Mulher Agredida (AMA), que tem o objetivo de provocar a gestão pública para criar medidas de prevenção e de assistência da mulher vítima de agressão, entre elas o Conselho da Mulher no município, que irá reforçar toda a rede de apoio as vítimas e acompanhar a aplicação das medidas concretas de combate ao problema.
A concentração começou às 08h na altura da quadra de esporte do Bairro José Nolasco. Por volta das 09h30, os participantes saíram em direção ao centro da cidade. A caminhada foi realizada um dia depois do aniversário de 12 anos da Lei Maria da Penha – sancionada em 7 de agosto de 2006 e reforçada em 2015 pela Lei do Feminicídio. Durante o percurso, foram feitos esclarecimentos sobre os diversos tipos de violência contra à mulher. A manifestação foi finalizada por volta das 12h na Praça do Forró.
O ato também prestou homenagens aos casos conhecidos de mulheres vítimas de violência na cidade, como, por exemplo, a jovem Isabele Oliveira, que morreu aos 27 anos, após o ex-namorado esquartejar e queimar o corpo dela por ciúme. O crime aconteceu dentro de casa, no dia 31 de abril de 2017. Isabele deixou duas filhas. Familiares e amigos participaram da caminhada.
O Programa AMA é uma iniciativa do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), por meio da Gestão Ambiental da BR-235/BA. A iniciativa foi lançada no dia 23 de julho, na Câmara de Vereadores de Jeremoabo. Estavam presentes gestores públicos e a sociedade civil, que lotaram o plenário da Casa. O evento contou com a palestra "Violência contra a Mulher - Abusos Sexuais na Infância", ministrada pela psicóloga Joana Alves, que ressaltou as formas de identificação do abuso e acolhimento das vítimas.
Na quinta-feira (09), uma mesa redonda será realizada na Câmara de Vereadores de Jeremoabo. Desta vez o tema será “Lei Maria da Penha – O que é a violência doméstica”. A convidada para ministrar o evento é a delegada de Polícia Civil, Juliana Fontes Barbosa, que é titular da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher de Paulo Afonso (DEAM).
A iniciativa conta com apoio da Prefeitura Municipal do município, por meio da Secretaria de Assistência Social. Algumas das medidas sugeridas pelo Programa AMA são a criação do Conselho da Mulher, do canal de denúncias exclusivo contra abuso ou violência contra a mulher, a implantação de núcleos de identificação de abusos e violência doméstica nas escolas, além da construção da casa de acolhimento da mulher agredida.
Fonte: Gestão Ambiental da BR-235/BA
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