ARTIGO: O VOTO E O MAU POLÍTICO

Leitor, antes de matarmos as saudades mútuas, faça-me o favor de responder sem pestanejar: É possível nas galáxias algo mais chato e porre na TV que o horripilante “O Brasil que eu quero”, a desabençoada “Previsão do tempo” e o indigesto “Como tornar a sua TV digital”? Será que será possível?

Quilaro que é ...e começa esse mêszinho: O horário político. Pense!

Entretanto tem a sua importância, apesar dos partidos nanicos em troca vergonhosa de uma bandeja recheada de bufunfa, venderem (o termo é esse mesmo) os seus parcos segundos destinados a divulgarem seus próprios programas e candidatos.

Leitor, Leitor, Leitor-Eleitor, eis Outubro bem na frente da nossa venta. Tá vendo, amigo? Chega a galope desenfreado o destino do nosso voto. E nós é nóis ou né não?

Os candidatos alinhavam-se na prontidão do bote. E, como sempre, às vésperas do pleito eleitoral saem das suas cavernas, tal morcegos ávidos pelo líquido hemoglobinado, saltitando no cangote do eleitor sem dó de dar dor. Eleszão, pois que otonce, apresentam-se intrusos amigáveis tipo tudo sabem-sentem-veem, tirando onda tirando ondinha de serem autocópias de sabidinhos, sentimentaisinhos, visionariosinhos, alardeando e incorporando pelas aldeias tupiniquins o exemplo-mor de um otimismo invejável diante de toda adversidade. Quando, apoispois, prometem aos cidadãos e familiares, entre argumentos pueris, enterrar todas as suas mazelas, miudezas existenciais e, agora que deu my friend!, até o fim das desilusões metafísicas. Em troca, ululantemente óbvio (cairia mais mió, obviamente ululante? Xá pra lá...fique a la vonté.), do voto-libertação.

Daí, querido amante das letras, introduzem o pontapé das molecagens e mutretagens eleitorais!

Ufa! Dei entrada no artigo. Saber duma? Dorei. Tomém? Brigadinho e vamos nessa.

A memória é o que nós somos. Portanto, que lembranças desprovidas de significado não nos contaminem e tomem Doril. A vida se sustenta com base no armazenamento das experiências boas e más, nos ideais, nas ideias e práticas do presente. Diante de todo esse oxente, que espiemos e esperniemos contra os truques pós-modernos, intoxicantes influências, de políticos hipócritas, vis, maus-caráter, peçonhentos, homofóbicos, misóginos, racistas, ditadores, hiperbólicos satanazes do inferno da besta fera 69.

Retei-me ...respire comigo, Leitor.

É que, meu estimado, tenho acreditado que o mau político é um  monstro criado por uma alma devastada. É um ser destituído de amor, piedade. Leal e solidário apenas a si mesmo e vindo para triunfar sobre os escombros, dorme em pesadelo satânico num colchão-redemoinho de loucura, cegueira, má fé, ganância, cobiça e violência coracionante. No alto da soberba procura afastar a voz do povo de qualquer contribuição criativa e forja entre a comunidade, ele e seus serviçais (assessores, secretários, subalternos, etc.) um conjunto de vasos comunicantes que pouco ou nada dialogam entre si.  O mau político transforma-se ‘ligeirim qui nem cardo de cana’ num oligarca, no manda chuva do pedaço. Assim, leva no bico, pelo bolso, pelo emprego, pela promessa do paraíso, o seu grupelho de miquinhos amestrados à ingloriosa tarefa desárdua de massagear o seu insaciável alter-ego, de manhã à noite, com uma enxurrada de adjetivos e advérbios: “o mais maravilhoso”, “o fantasticamente humano”, “o impossivelmente lindo”, “o bunitim do papai”, “o maior___de todos os tempos”, “o...”, “o...” ...

Esses tipos políticos precisam, urgência urgentíssima, serem extirpados, enforcados e assassinados pelas urnas com, sem a mínima singeleza, o voto.

 Leitor, sei não viu, talvez possa estar a perguntar-se: Como detectar um mau político com precisão?

ASSIM, SIM:

  • Faz do governo um motivo para enriquecer e aos seus compinchas.
  • Não sente, por isso desdenha, a menor vontade de resolver os problemas do seu povo com ética.
  • Não tem dignidade, honradez, respeito com o povo, conhecimento das questões comunitárias.
  • Jamais coloca as suas decisões para encontrar soluções cabíveis ao crivo e debate popular.
  • Tá nem aí ‘ pá má de coisa’ nas impiedosas aplicações de taxas e trambica aumentos de preços, a torto e a direito, inadequados e provocadores de discórdias e injustiças.
  • Boicota os meios de comunicação tanto quanto puder e, então, os utiliza para ocultar a verdade aos cidadãos, mascarando as notícias.
  • Agride frontalmente o exercício da cidadania e usurpa a boa fé do povo.
  • Tenta, de todas as formas, calar aqueles que denunciam os seus abusos.
  • Faz promessas e discursos falaciosos.
  • Estar sempre às voltas com a justiça, respirando por liminares.
  • Faz o diabo ter vergonha para, bote a qualquer custo nisso, manter-se na vida pública.
  • Usa a máquina governamental, a sua posição social e financeira, para garantir, deslealmente, vitórias eleitorais suas e dos seus apadrinhados.

*Suprassumo: O MAU POLÍTICO É UM VERDADEIRO E PERFEITO “ESTELIONATÁRIO ELEITORAL”!

Sadicamente ele faz com que o seu povo simples e carente, então soterrado por mentiras e descalabros, passe somente a apostar na elipse, na sutileza, na providência divina, no afamado jeitinho, nas turras de sobreviver mesmo antevendo com temor um sombrio futuro de nunca mais vir a ter uma saudável e boa surpresa na vida.

É barril... triplicado.

*Lembra da música: “Fazer o quê ê ê ê ê ê ê? Fazer o quê ê ê ê ê ê ê?” ?

Pois, permita-me ir de outra: “Depende de nós... ”

Depende de nós, EuzinhoGondim-VosmecêEleitor-OPovo, sairmos da inércia, da inoperância escravista, da zona de conforto eleitoral, e ditarmos pelo grito do voto as normas, as regras, os conceitos, as práticas, as fiscalizações, onde os investimentos, elegendo senhores de boa vontade popular, humanos, decentes, capazes de mudar –MUDANÇA MESMO, NÃO ENGODO- e soterrar de vez por todas essa vidinha chata, labirintal, circular, viciosa, aperreada, que os podres poderes (de Juazeiro-BA e Brasil) infiltraram, infiltram, e teimam em perpetuar nos nossos lares, trabalhos e mentes.

Solamente com o voto cidadão conscientemente correto acabaremos com esse painel desastroso e desolador fruto/cria de governos abarrotados de bandidos, irresponsáveis, facínoras, ponteados de absoluto descaso com as agruras do seu povo.

Outrossim, amigo Leitor, ressalto que nem de longe o ceticismo, o pessimismo, e a falta de esperança em mim arranjam moradia. Inclusive, temos, embora minusculamente mínimo em Juazeiro-BA, exemplos de ótimo político, ótimo funcionário público, ótimo líder popular e comunitário. Simpatia gratuita e verdadeira, bom humor sincero e exuberância guerreira em estado puro dão e formam o caráter, a personalition, a hombridade, e ditam a dimensão de grandeza de políticos exemplares. Onde estão, pois que então? É tão somente buscar no passado passado, no passado recente e no seu presente se é uma pessoa ilibada, sem mistérios nas riquezas materiais, nadinha de máculas espirituais, de passagem sem jaça, cuja retidão seja a real fiadora de nossa confiança. Se por acaso no caso esteja difícil tal encontro de superlativos na maioria dos nossos representantes atuais e passados, que os busquemos possíveis nos “Sangue Novo” e que se mantenham aqueles experientes dignos do continuar.

Aliás, sábio amante das letras, “Sangue Novo” do bem em Juazeiro há tempos tomou chá de sumiço. E como faz falta a inovação, o ideal surpreendente pelo lado bom, o carinho com os desassistidos, a surpresa saudável na nossa política!

Bombombom, caríssimo amigo, tornou-se imperativo diante dessa revoada de retrógrados e maledicentes, avistarmos o melhor caminho para o nosso grandioso voto. Analisarmos em lupa construtiva e humana será fundamental para perceber o que é sólido e o que se desmancha no ar. Já caducou essa de dizer amém a qualquer reza imposta por crápulas indecentes. Seja no âmbito Executivo ou Legislativo. Xiiii, quase esqueço, no Judiciário tomém.

É lastimamente penoso ver Juazeiro-BA, cidade aclamada por sua natureza vislumbral, por seu povo desenvolto e alegre, pelo ás cultural-artístico, ainda convivendo passivelmente com esse péssimo lado da politicagem: as tormentas fanáticas, a ansiosa orgia das fake news, os rompimentos pessoais, a gangorra fatal da prática inescrupulosa (compra) no angariamento de apoio de associações comunitárias, líderes populares, políticos plantonistas de aluguel e vereadores.

 Hummmm...Agora, brother, vamo qui vamo Gonzaguinhar:

               “EU ACREDITO É NA RAPAZIADA QUE SEGUE EM FRENTE

                E SEGURA O ROJÃO...”

Leitor, antes de me ir deixo para vosmecê que merece e muito, duas coisonas de seu coisado:

  1. Leia sempre. E sempre que puder, em voz alta. Pois, falar e escutar ao mesmo tempo ajuda o cérebro a armazenar e fixar as informações a longo prazo.
  2. Medite e ouça música. 

Amigão, caso dê-me permissiva, prometo nos brevemente loguinhos artigos/crônicas nesse grandioso BLOG GERALDO JOSÉ analisar e esmiuçar “tintin por tintin e ainda entrar em detalhes” os candidatos de Juazeiro-BA a Deputado Federal e Deputado Estadual: Isaac Carvalho, Targino Gondim, Carlos Santiago Lelego, Joseph Bandeira, Zó, Roberto Carlos, Isaac Melo, Aguinaldo, etc. Understwood e combinado? Otonce, beleza de Creuza.

Lesgal e estrumado, vou ficando por aqui.

Fui... por enquanto.

Otoniel Gondim --- Professor, Escritor, Compositor e Eleitor.