Sábado (07), mais de 300 trabalhos foram apresentados na modalidade Intercom Jr., duas mesas e apresentação cultural compuseram a programação, do último dia do Intercom Nordeste 2018, realizado na Universidade Estadual da Bahia (UNEB).
A mesa sobre "Os Estudos em Comunicação e a (Des)Construção de Desigualdades de Gêneros", com Marcus Assis (UESB), Maria Clara Araújo (UFPE), Carla Paiva (UNEB/Juazeiro), Lícia Loltran (Jornalista) e mediação de Edonilce Barros (UNEB/Juazeiro), foi, sobretudo, um ato político. O momento contemplou a discussão da importância desse estudo para que estereótipos e reprodução de preconceitos não sejam disseminados através dos ambientes de comunicação, mas criem representatividade sobre e para essas populações. "Está na hora de cobrarmos da Intercom a revisão de suas bandeiras de luta, seus posicionamentos políticos, estratégias metodológica de pesquisa e o ensino da Comunicação do Brasil, pra que isso contemple mais as diversidades que estão sendo escamoteadas pelo racismo, machismo, patriarcado e pelo preconceito de forma geral" aponta Carla Paiva (UNEB).
Já na roda de conversa "TVs Universitárias", cada integrante relatou como funcionam as atividades de TVs e Rádios Universitárias – programas, equipamentos e equipes –, os desafios e oportunidades. "Abrir espaço para os estudantes conhecerem, visitarem, participarem dos processos e acompanharem o funcionamento da televisão e da rádio, além de poder dar espaço de visibilidade às produções universitárias, alcançando o público que assiste a TVE, em casa" foi o que pontuou Flávio Gonçalves (IDERB), como atividades de incentivo e fortalecimento das TVs Universitárias.
A conversa contou com a participação de Helena Cláudia Santos (Associação Brasileira de Televisão Universitária – ABTU), Rodrigo Bomfim Oliveira (TV UESC), Danilo Duarte (TV UESB), Qhele Jemima Bastos (TV UNEB/Salvador), Klebia Muricy (TV UNEB/Juazeiro) e Flávio Gonçalves (Instituto de Rádio Difusão da Bahia – IRDEB) e público geral do evento. Questões políticas, que envolvem a execução dos projetos, também foram abordadas. "Estamos numa fase de pouco financiamento público e cortes profundos, então, as TVs Universitárias, que na maioria das vezes, são financiadas pelas universidades, ficam sem perspectiva em longo prazo; às vezes a gente recorre a algum edital federal, por exemplo, mas somente no próximo ano, pós-eleições é que poderemos pensar como serão essas políticas para as universidades públicas", conta Marcia Guena, diretora do DCH III e mediadora da mesa.
Ao meio dia, a apresentação cultural ficou por conta do Samba de Véio, no DCH-III, oportunizando aos visitantes conhecerem essa manifestação singular da região do São Francisco. Neste momento, acontece a Cerimônia de Encerramento e a Premiação do Expocom, no Centro de Cultura João Gilberto. Lucas Moura (Jornalista) avaliou o evento como um espaço de aprendizado e descobertas e falou sobre a expectativa para a premiação. "A sensação é de satisfação por estar aqui, entre os cinco colocados de cada categoria e poder ter apresentado meu trabalho. Vim para cá sabendo que já tinha ganhado, então, ficar ou não em primeiro lugar é o mínimo, até por que os outros trabalhos estão muito bons e com uma relevância social gigantesca" conta.
Texto e edição: Andressa Silva Fotografias: Ascom Intercom
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