ESPAÇO DO LEITOR: AS NOITES FRIAS DE JUNHO...

Saudades de todos, mas, o trabalho que chamo de meu ganha pão tem me tirado o tempo de poder juntar as palavras e solicitar ao blog do meu coração a gentil publicação... Ih, tanto é verdade que ainda rimou... rsrsrs!!! Mas, de uma coisa tenham certeza: todos os dias sempre passo por essa página mil vezes informando-me não só da cidade pela qual sou apaixonado, mas das notícias do mundo inteiro...

Vi essa imagem numa comunidade digital da qual faço parte, e quase dei um salto pela inspiração que de pronto senti dizendo a mim mesmo: tenho que escrever sobre essa imagem que é a cara das noites frias de Junho...

E lá vou eu voltando no tempo para aquela casa simples e alugada numa rua central da cidade, ainda sem pavimentação quanto mais saneada, era esgoto a céu a aberto, animais se refrescando na lama, outros apeados nas árvores que lá existiam, e quando a noite chegava o frio batia sem piedade e ai de mim se não fosse o carinho de quem cuidava, lutava, e morria por mim...

Daqui a pouco passou o tempo e lá estou naquela Capital, sozinho na luta e na busca de crescimento e aprendizado, e quando as noites frias e chuvosas de Junho chegavam, eu pude perceber o quanto me valia aquela figura e a nossa casa simples em pleno centro da minha cidade...

Como esquecer as noites frias de Junho em Minas. Aquele café às 15 da tarde com aquele delicioso pão de queijo quentinho. E as noites suportadas somente com um bom edredom naquele Hotel na Avenida Aymorés, que parece não mais existir, mas deixou gratas lembranças por toda uma vida...

Mas, também, não posso esquecer de mencionar as noites frias de Junho, naquele acampamento na implantação de um Projeto de Irrigação a quase 90 km daqui, onde lá ficava uma semana inteira em pleno meio do mato e tantas vezes sonhava com voos maiores e noites estreladas para a minha vida...

Se não posso me esquecer daquele Projeto, também não devo deixar passar outras noites frias de Junho a 150 km daqui, onde também passava dias sem fim sem ver a luz da cidade, sem noticias e sem informações, tanto que, quando soube que aquele time rubro-negro da Bahia tinha sido campeão, não tinha mais graça, fazendo-me despertar que precisava voltar para a cidade e meus patrões sensibilizados viabilizaram essa condição...

Amanheceram outros dias, e o sol levemente foi aquecendo minha vida, ora com uma melhora aqui, outra ali, e sempre iluminando meu destino. Impossível esquecer aqueles dias e noites frias de Junho dedicadas ao serviço público, ao lado de amigos que, certamente, vão ler esse texto e todos eles são parte de um tempo onde as pessoas eram prioridades e tínhamos a orientação de que elas deveriam estar sempre em primeiro lugar.

Tivesse o tempo parado lá atrás já teriam sido marcantes aquelas noites frias de Junho, mas, quis o céu que eu pudesse ver outras noites como a imagem dessa ilustração onde uma lua de beleza mágica passeia sozinha pela imensidão azul. E assim segue a vida com lembranças distantes e atuais onde a tristeza de pessoas queridas que se foram nesse mês se mistura com novas alegrias de esperanças que renascem...

Tudo ficção e poesia? Não... Tudo verdade e realidade!

DICA DE VIDA: “Quem deseja ver o arco-íris, precisa aprender a gostar da chuva”. (O Aleph). Paulo Coelho.

Acord@dinho – Apaixonado por Juazeiro e leitor assíduo do blog.

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