Segunda-feira (11), foi realizada a conclusão da Amostra com cursos sobre a Educação Popular em Saúde do Sistema Único de Saúde (Edupops-SUS) na Escola Municipal 15 de Julho, distrito de Maniçoba II. O evento contou com o apoio do Ministério da Saúde, Fiocruz e parceria com a Sesab.
A Edupops visa trabalhar aspectos não só dos cuidados básicos de saúde, mas também analisar a qualidade de vida das pessoas, desde moradia a prática de costumes de cada grupo ou região. Flávia Ponte, coordenadora estadual da Edupops SUS informa que, “além dessa formação de agente comunitário, agente de endemias, está relacionado também com a identificação desses sujeitos que já trabalham com educação popular, dos gestores que tem essa sensibilidade, para que haja um maior fortalecimento de políticas públicas no estado”, ressaltou.
Para Flávia Ponte, a cidade de Juazeiro ganha destaque por ter um grande número de Agentes Comunitários e também grupos de movimentos sociais participando do evento, o que é muito positivo. “É muito importante os municípios estarem realizando essa amostra e Juazeiro. De todos os lugares onde passamos, aqui tem um movimento forte, além do setor de MST que já tem um legado com a saúde popular e isso faz a diferença”.
Meire Rose de Jesus, representante do setor regional de saúde do MST de Juazeiro, fala da importância do curso e do conhecimento adquirido. “Esses cursos são uma forma de fortalecer e resgatar as práticas de saúde popular. A saúde é um conjunto e quando falamos em saúde popular é mais uma forma de trabalhar com uma saúde em que todos tenham acesso, independente de raça ou cor, porque a saúde para nós é a vida”, pontuou.
Alexandra Fonseca, uma das educadoras do encontro, fala da oportunidade que o encontro proporcionou. “Os encontros foram de muita entrega e troca de experiências. Aprendemos bastante um com o outro sobre saúde pública, entendemos a proposta do Edupops SUS e esperamos que seja dado continuidade”, concluiu.
Para a Superintendente de Gestão de Pessoas Carla Lorena Pesqueira “a amostra é um momento de grande importância. Temos aqui reunidos representantes de inúmeras descendências e que trazem consigo a educação popular e esta tem que ser resgatada. Participamos ativamente destes momentos e nossos profissionais também estão engajados”, explicou.
Durante o encontro os participantes puderam contar com oficinas de práticas de cuidados, diálogos sobre trocas de experiências, biodanças, apresentações culturais, entre outros. O evento reuniu agentes de saúde, enfermeiros, estudantes, além de alguns grupos de movimentos sociais como o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), Marcha Mundial das Mulheres (MMM), Fórum Acadêmico de Saúde (FAS) e o Núcleo de Mobilização Antimanicomial da Univasf.
Débora Sousa/ SESAU
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