A Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) deve utilizar em breve, nos perímetros irrigados do município de Juazeiro, localizado na região Norte da Bahia, uma nova ferramenta para levantamento e processamento de dados para uso na área de estruturação e acompanhamento das atividades agrárias e fiscalização de obras.
A utilização de Veículo Aéreo não Tripulado (Drone) na área agrícola já é feita pela Associação do Usuários do Perímetro Irrigado Tourão (Aupit), e este mês passará a ser realizada pelo Distrito Irrigado de Maniçoba (DIM) e também pela 6ª superintendência regional da Codevasf em Juazeiro (6ª SR), sob a coordenação da Gerência Regional de Irrigação, através da Unidade de Administração Fundiária (6ª GRI/UAF).
Um grupo formado por 12 funcionários da 6ª SR, dois empregados do DIM, um representante do Distrito Irrigado de Mandacaru (Dimand) e um funcionário da 3ª superintendência regional da Codevasf em Petrolina (PE), participaram nos dias 24 e 25 de um curso teórico e prático sobre Mapeamento por Drone para operação de RPAS (Sistema de Aeronave Remotamente Pilotada), realizado no auditório do DIM.
O curso foi ministrado pelo geógrafo e Mestre em Sensoriamento Remoto, George Alfredo Longhitano, que possui uma empresa em São Paulo (SP), voltada para realização de serviços de mapeamento e processamento de imagens aéreas e importação e comércio de equipamentos para aerofotogrametria.
Segundo George, “cada vez mais as empresas e instituições públicas e privadas estão utilizando os levantamentos aéreos em suas atividades de planejamento e subsídio à tomada de decisões, por ser um meio relativamente barato, eficiente e de fácil operação. As informações visuais e numéricas obtidas, depois de processadas, dificilmente são contestadas ou apresentam distorções muito grandes da realidade”, afirma ele.
O conteúdo programático do curso incluiu conceitos básicos de regulamentação, planejamento de missões aéreas, preparação da aeronave, conceitos de sensoriamento remoto e aerofotogrametria, geração de ortomosaicos georreferenciados, representações cartográficas, execução prática de missões aéreas, aplicação do sistema nas áreas de mineração, agricultura de precisão, monitoramento ambiental e de obras e tratamento e divulgação de resultados.
Para o gerente executivo do DIM, Valter Matias de Alencar, “a aquisição deste equipamento é, na verdade, um investimento na melhoria da nossa prestação de serviços para os nossos produtores. Com ele nós vamos ter uma visão mais definida da real situação cartográfica e até das condições gerais do perímetro, o que vai ajudar muito na administração do Maniçoba”.
Para Carlos Henrique Cavalcante, que atua na Unidade de Administração Fundiária da superintendência regional da Codevasf em Juazeiro, “o curso viabilizou o nivelamento de conceitos a respeito da aerofotogrametria, um dos ramos da cartografia, que trata do mapeamento, e permitiu que os técnicos e os operadores possam produzir material cartográfico, ainda que de pequena quantidade e escala, mas que vão atender ao processo de gestão”.
O superintendente regional, Elmo Nascimento, avalia como positiva a utilização desta nova tecnologia no levantamento de informações agrárias, e destaca que “é um investimento que já a curto prazo vai apresentar resultados satisfatórios no acompanhamento de ações, no registro de atividades rurais e de levantamento de dados, que serão utilizados como referência no planejamento e execução de algumas diretrizes da empresa”, concluiu.
Ascom
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