Com o tema: “Pelo cuidado em liberdade: na luta vamos viver”, começará amanhã (15) a 8ª edição do Fórum de Mobilização Antimanicomial (FMA) do Sertão do Submédio São Francisco. O evento, organizado pela Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), por meio do Núcleo de Mobilização Antimanicomial do Sertão (Numans), será realizado até sexta-feira (18), no Complexo Multieventos, no Campus Juazeiro da Univasf, e conta com cerca de 900 inscritos.
O fórum terá em sua programação a 5ª Mostra de Atenção Psicossocial, com apresentação de trabalhos sobre saúde mental nos ciclos de vida; saúde mental na formação e ensino; saúde mental com as populações vulneráveis; atenção básica; integralidade do cuidado; sobre as Redes de Ação Política pela Sustentabilidade (Raps), entre outros. Além disso, compõem a programação oficinas, rodas narrativas, intervenções artísticas e ágoras, que são espaços para explanação e debate de temas como a defesa da democracia e o fortalecimento do protagonismo de usuários do Serviço de Atenção Psicossocial.
De acordo com Bárbara Cabral, professora do Colegiado de Psicologia e uma das organizadoras do evento, o diferencial desta edição do FMA é o enfoque feminino/feminista da programação. “Teremos a programação composta basicamente por mulheres para enaltecer o protagonismo feminino e levantar também a discussão de gênero, não com arbitrariedade e autoritarismo, mas no intuito de valorizar todo o trabalho que está sendo desenvolvido por mulheres e que, em muitos casos, não é levado em conta”, afirma.
Outro ponto da programação que Bárbara ressalta é a participação ativa de usuários dos Serviços de Atenção Psicossocial, a fim de democratizar o acesso à Universidade com debates, acordos e reafirmação de princípios. Dessa forma, pretende-se descontruir a ideia de que pessoas com transtornos psíquicos são violentas e necessitam de exclusão.
“O fórum, além de um evento científico é um evento político em prol da defesa do cuidado e da liberdade. Nosso objetivo é criar um circuito de cuidado e qualificação profissional para discutir que é preciso pensar uma reforma psiquiátrica que leve em conta a atenção psicossocial e mostrar, assim, que é possível ter um Sertão sem manicômios”, conclui a professora.
Ascom Univasf
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