Foi ao estilo mais sertanejo que a terceira etapa do Programa Bioma Caatinga foi lançada, na sexta-feira, 11, no auditório do Grande Hotel em Juazeiro, no norte da Bahia. Ao som da sanfona e do clássico de Luiz Gonzaga, “A morte do vaqueiro”, que o músico Silas França abriu a programação do evento.
O superintendente do Sebrae Bahia, Jorge Khoury, participou da solenidade de assinatura do convênio, em parceria com o Banco do Brasil e Fundação Banco do Brasil. O projeto vai ser executado até 2019, e inclui ações de tecnologia para manejo, acesso a mercados, crédito financeiro e boas práticas de gestão na propriedade rural, serão disponibilizados R$ 1. 570.043, 96.
Para Khoury, a junção dos esforços do Sebrae e dos parceiros para atender as demandas e anseios dos produtores rurais foi crucial para o sucesso do programa e sua renovação. “A caprinovinocultura é uma importante base da economia local e nossa missão é apoiar os criadores de animais, os empreendedores do campo, através de qualificação, inovação no manejo, elevação da qualidade dos animais e acesso a novos mercados. Nossa meta é expandir as ações do Bioma Caatinga e fazer com que se torne modelo para todo o país”, destacou.
Implantado no Norte da Bahia em 2013, o programa reúne uma equipe de profissionais e especialistas, entre técnicos agrícolas, zootecnistas e veterinários, que atuam na sede e zona rural dos municípios. Por meio de orientação técnica, já foram alcançados resultados na inovação da comercialização, colocando os criadores de animais em contato direto com a rede de varejo. Também foi possível elevar o valor de venda do animal em 15%, diminuir o tempo médio à apartação (de seis meses para dois meses), reduzir a taxa de mortalidade de animais de 50% para até 5%, além da implantação de cortes especiais para consumo em supermercados.
No ciclo III do programa, 600 criadores de caprinos e ovinos e 30 micro e pequenas empresas ligadas ao setor de caprinovinocultura serão beneficiados. As ações serão realizadas em Juazeiro, Casa Nova, Remanso, Uauá e Curaçá, municípios que concentram o maior rebanho de caprinos e ovinos do país. A meta da nova etapa do programa é fortalecer a comercialização e o acesso a novos mercados, com o apoio de especialistas em mercado e comercialização, correspondente de crédito e comunicação.
O criador de caprinos e ovinos, Arnaldo Cunha, do Distrito de Patamuté, em Curaçá, estava na maior expectativa pelo lançamento da terceira etapa do programa. Ele vem sendo atendido desde a implantação do Bioma Caatinga e comemora as mudanças que conseguiu fazer na propriedade rural e no manejo das 300 cabeças do rebanho. “A tecnologia chegou para a gente do campo. Antes o produtor criava os animais sem nenhuma orientação e vendia a baixo custo. Com as orientações dos profissionais do Bioma, tudo mudou. Cuidamos da organização da propriedade, da qualidade e acompanhamento dos animais e já conseguimos valoriza-los. Nosso preço melhorou e temos mais controle de tudo, dentro da porteira até a hora de comercializar com o supermercado".
Foram realizadas mudanças também em alguns supermercados das cidades. O empresário José Nunes, por exemplo, inovou na forma de vender as carnes de caprino ovinos em Juazeiro. Na empresa dele, são comercializadas 3 mil toneladas dessas carnes por mês e a venda passou a ser feita em cortes especiais. “A gente elevou o padrão e qualidade da carne, em parceria com o programa Bioma Caatinga. Fizemos treinamentos de cortes no supermercado com os funcionários e agora o consumidor escolhe a peça que deseja consumir direto na prateleira”, disse, entusiasmado, o empresário.
O superintendente regional do Banco do Brasil, Moíses Cunha, também estava na cerimônia e não escondeu a satisfação em renovar a parceria com o Sebrae e continuar fomentado a cadeia produtiva de caprinos e ovinos na região. “Nosso objetivo é apoiar o produtor e oferecer condições para que ele cresça, aumente sua renda e amplie suas atividades, e isso vem sendo atingido com o Bioma Caatinga. Vamos continuar o trabalho conjunto, investindo na capacitação e levando inovação para o homem do campo”.
Também participaram do lançamento da nova etapa do Bioma Caatinga, o ministro do Meio Ambiente, Edson Duarte, O deputado estadual Zó, o gerente regional do Sebrae em Juazeiro, Carlos Cointeiro, o analista técnico do Sebrae em Juazeiro e coordenador do Bioma Caatinga, Carlos Robério Araújo, os representantes das prefeituras de Juazeiro, Uauá, Casa Nova, Remanso e Curaçá, além de presidentes dos Sindicatos Rurais dessas cidades e instituições como ACCOSSF, Coapseri, Univasf, Uneb, Senar, Embrapa, Codevasf, Idesa e o IPC – Instituto Preservação da Caatinga.
Por Lucilene Santos
1 comentário
14 de May / 2018 às 16h09
Edson Duarte deve esquecer o Gertjan Beekman, que sempre bate a tua porta. Ele não merece crédito. Tu bancou o Pan Desertificação e o plano de trabalho IICA MMA nunca saiu do papel pelo tempo que tem . Conheço o pan e o gertjan de perto como trabalho. Não valem nada. Se ligue. Se bater na tua porta de novo feche-a. A Rozendo Marannao também. Só pegam os termos de referência e faz QI ao Bel prazer . Sei disso de perto. Por isso denunciei-os. Rozendo da Saic, lotada no MMA, e concursada da ANA, sabe disso. Se ligue. O IICA com isso acabou os acordos de cooperação tecnica, junto aos ministerios.