O Museu do Sertão de Petrolina, ganhou mais uma vitrine que conta a história de personalidades do município. Fotos, título e utensílios pessoais de Martiniano Ribeiro de Souza, o vaqueiro Laninho, e Virgínia Alves de Souza, compõem a sessão do casal conhecido como Romeu e Julieta do Sertão.
Na história de Laninho e Virgínia, não teve veneno, nem briga entre famílias, como na história de Shakespeare. O apelido dado, pelo também já falecido comunicador Carlos Augusto Amariz, se deu por ambos terem morrido de causa natural no mesmo dia, com diferença de horas apenas.
Seu Laninho foi vaqueiro de destaque na região, trabalhou por muitos anos para o fazendeiro Clementino Coelho, o "Seu Quelê. Entre as histórias ostentadas pelos filhos, está a de não ter perdido sequer uma Missa do Vaqueiro desde que chegou a Petrolina, ganhou até a comenda de General do Gibão, dada aos mais antigos profissionais; em 1980 esteve entre os vaqueiros que recepcionaram o papa João Paulo II e em 2004, o baiano de Mundo Novo, ganhou o título de Cidadão Petrolinense.
Para a filha do casal, Marlene de Laninho, é motivo de grande orgulho ver a história dos pais eternizada no Museu do Sertão. "Uma das coisas que meu pai mais queria, era que as histórias e os feitos dele não fossem esquecidos. Para gente é uma grande honra ver que a história deles, que também é minha história e dos meus irmãos, está em lugar de tamanha importância para Petrolina", afirma.
Dona Virgínia e Seu Laninho morreram aos 88 anos, no mesmo dia, em 14 de novembro de 2007 ; viveram 67 anos juntos; tiveram 17 filhos, sendo dois adotados; 35 netos e 44 bisnetos.
Ascom-PMP Foto Sérgio Sá / Seculte
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