Um bebê morreu no último domingo (22), horas após depois de nascer na maternidade de Juazeiro, no norte da Bahia. A família acusa a unidade de saúde de negligência. "Já tinha o nome, já tinha o enxoval comprado. Paguei e tava tudo lá em casa, esperando ele. Vim na ansiedade de levar meu filho, mas como é que eu vou levar? Vou levar ele morto", diz José Emanuel de Jesus, pai da criança.
A mulher dele, Gildene, deu entrada na unidade de saúde na madrugada de domingo. Ela chegou sentindo contrações e muitas dores, e o bebê, chamado de Arthur, nasceu de parto normal às 11h. Pela noite, ele morreu depois de ficar horas com dificuldades para respirar. Segundo a família, Gildene tinha indicação médica para que o parto fosse feito através de cesárea.
Caso ocorreu na maternidade de Juazeiro (Foto: Reprodução/TV São Francisco)
"Eles não fizeram o parto que deveria ser feito, porque uma criança cefálica não tem condições de nascer normal. E puxaram a ferro a criança e a machucaram todinha, e a criança morreu. A criança nasceu com quatro quilos. Não precisava maltratar tanto, porque é ser humano", disse a tia de Gildene, Jacionilda de Jesus. Fabíola Leite, diretora do hospital, disse que o problema com Arthur ocorreu na fase final do parto.
"Foi um trabalho de parto que aconteceu no tempo, dentro da normalidade. Ela teve assistência da equipe e, na fase final, do trabalho de parto, aconteceu uma intercorrência que a gente chama de distócia de ombro, que é a dificuldade na saída do bebê naquela parte final. É algo imprevisível e que infelizmente pode acontecer. Não tem como saber com antecedência que isso vai acontecer. Mas existem manobras para serem feitas, para ser revertida, e todas as manobras foram realizadas", afirmou a diretora.
Segundo diretora, problema com o bebê ocorreu na fase final do parto (Foto: Reprodução/TV São Francisco)
Fonte: G1 Bahia
16 comentários
24 de Apr / 2018 às 08h22
Tantas mulheres com condições de terem parto normais, fazem cesarianas desnecessariamente. Quem precisa, os médicos, puxam a ferro e matam o bebê. Agora é um Deus nos acuda para tentar manobrar e dar desculpas. Até quando Juazeiro?
24 de Apr / 2018 às 08h34
Pois é Geraldo, este desgoverno que aí está há 09 anos, na sua primeira campanha (com o candidato a deputado federal) numa das suas promessas não cumpridas, estava de cuidar da saúde da cidade (lembram que a Santa Casa não ia fechar, e sim ser ampliada), aí está o resultado. Não foi a primeira criança a morrer, e infelizmente outras morrerão. Sem contar a humilhação diária de que precisa ser atendido no "Hospital da Criança" .
24 de Apr / 2018 às 08h49
A incompetência desse gestor comprova mais uma vez o total descaso com a saúde pública em Juazeiro. Essa Maternidade está se tornando um verdadeiro "matadouro" de recém nascidos. Ministério Público precisa apurar os fatos. Lamentável.
24 de Apr / 2018 às 09h34
Peraí... se a paciente tinha indicação médica para fazer uma cesária, foram para o normal , viram que não tinha condições,e em seguida fazem parto fórceps... Negligência médica sim!!!! Não foi o primeiro, nem será o último caso enquanto não houver respeito a vida humana, e interferência judicial nessa maternidade. Cadê os "profissionais" que trabalham aí?
24 de Apr / 2018 às 09h46
É ESTARRECEDOR A AUSÊNCIA DO ESTADO FISCALIZADOR, ESSA METERNIDADE É UM CASO DE POLÍCIA, UM ESCÂNDALO NACIONAL DE DEGRADAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA, COM RECORRENCIAS E SEM QUALQUER PROVIDÊNCIA POR PARTE DO PREFEITO. RAPIDAMENTE TEREMOS CIRCULANDO NA MIDIA MAIS UMA NOTA DA ASCOM OFICIAL COM OS VELHOS E INJUSTIFICÁVEIS ARGUMENTOS. UMA SECRETARIA DE SAÚDE LOTEADA ENTRE AFILHADOS E PARENTES DOS GOVERNANTES, SEM PERFIL E COMPETENCIA PARA O EXERCÍCIO DE UMA ATIVIDADE QUE NÃO SE PERMITE AMADORISMO, SE LIDA E TRABALHA COM VIDAS HUMANAS. ATÉ QUANDO ESSAS FAMÍLIAS DESTROÇADAS TERÃO QUE ESPERAR POR JUSTIÇA?
24 de Apr / 2018 às 09h51
em qualquer outro lugar isso já teria levado a apresentação pessoal de carta de demissão do cargo, mas Juazeiro, sabe como é ninguém admite que não tem competencia ou sabe lidar com a função que ocupa...
24 de Apr / 2018 às 09h53
NA PRÓXIMA SEXTA-FEIRA A SECRETÁRIA DE SAÚDE JUNTAMENTE COM SUA MÃE VICE-PREFEITA E O PREFEITO GRAVATA BORBOLETA DEVEM APARECER DECERRANDO A PLACA DE INAUGURAÇÃO DA PINTURA DE ALGUM POSTO DE SAÚDE SOB OS APLAUSOS DOS 21 CORDEIROS DA CÂMARA E DIZENDO QUE A SAÚDE DE JUAZEIRO ESTÁ MUITO BEM. ACORDA MEU POVO, OUTUBRO CHEGA LOGO.
24 de Apr / 2018 às 09h53
Infelizmente isso está ocorrendo com muita frequência nesse hospital. A resposta da diretoria do hospital e da secretaria de saúde é sempre a mesma. Temos visto muitos relatos de pessoas que estão com medo da dar a luz nesse unidade de saúde pelo mesmo motivo relatado pela mãe citada na reportagem. A prefeitura municipal de juazeiro precisa partir do princípio que todos tem o direito de nascer vivo. E esse direito está sendo violado de maneira gravíssima, quando não é assegurado a saúde da parturiente e o direito de nascer do bebê.
24 de Apr / 2018 às 10h49
Isso já virou caso de polícia,olhe seu Paulo se a justiça do homem não pesar sobre essa administração,a de Deus não tardará
24 de Apr / 2018 às 11h21
E as coisas os crimes se repetem e ninguém vai parar a cadeia poha!!??essa cidade é uma terra sem lei de ninguém isso!??Cadê os juízes, promotores, delegados para meter as caras nesse matadouro de crianças e abrir investigações rigorosa ora!?? Juazeiro é a terra do Peter Pan..a terra do nunca !!
24 de Apr / 2018 às 12h39
Esse gestor está completamente perdido junto com uma câmara incompetente.já esta na hora do ministério público interditar essa maternidade que não venha ter mais vitima.chega de tanta conversa fiada dessa secretária de saúde.
24 de Apr / 2018 às 12h59
Incrível como os diretores são rápidos em dizer q a Maternidade/equipe nao foram responsáveis pelo óbito da criança. Claro q foram. Se a criança não estava na posição correta e era indicado cesárea, não podiam ter feito parto normal. E se efetivamente fizeram "todas as manobras" devem ter feito errado. Até quando nossas crianças morrerão nesta maternidade sem q ninguém se responsabilize, sem q haja "verdadeira apuração " dos fatos e punição da Secretaria de saúde e demais envolvidos?
24 de Apr / 2018 às 14h00
Tem que ter investigação da polícia e ministério público.o que é que está acontecendo???
24 de Apr / 2018 às 18h30
Cadê o Ministério publico desta cidade sem lei, aqui acontece de tudo e a Justiça não exite para esta gestão..........
24 de Apr / 2018 às 20h16
Como fica, não só essa família, mas TODAS AS FAMÍLIAS que perderam seus “anjinhos” sob a falta de condições logísticas dessa maternidade. Lá tem profissionais capacitados SIM, porém, más condições. Faltam leitos e salas com todo o aparato para seus fins. Uma secretaria de saúde loteada de afilhados e parentes dos governantes, sem perfil, profissionalismo e competência para o exercício de atividade que não permite amadorismo. O que estão em jogo são vidas humanas, em especial, bebês!
25 de Apr / 2018 às 00h59
O problema é que o parto normal, tá mais lucrativo para o Sus. Antes era ao contrário e viva a ganancia. Podres. A justiça de Deus não falha. Abutres.