Ao abrir a sessão do plenário do STF (Supremo Tribunal Federal) nesta quarta (21), a presidente da corte, Cármen Lúcia, anunciou que marcou para esta quinta (22) o julgamento do habeas corpus preventivo pedido pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O habeas corpus foi liberado para o plenário pelo relator, ministro Edson Fachin.
"Antes de iniciar o pregão dos casos desta tarde, comunico aos senhores ministros e advogados presentes que, tendo sido liberada uma decisão em habeas corpus do ministro Fachin, e pela urgência, será apregoado na data de amanhã, por não haver possibilidade de pauta anterior, até porque o prazo é curto e semana que vem teremos a Semana Santa", disse Cármen Lúcia.
Lula foi condenado em janeiro pela segunda instância da Justiça Federal a 12 anos e um mês de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro no processo sobre o tríplex de Guarujá (SP). Os últimos recursos da defesa do petista no TRF-4 (Tribunal Regional da 4ª Região) deverão ser julgados na próxima segunda (26). Em tese, depois disso sua prisão poderá ser decretada.
Sua defesa pediu ao STF um habeas corpus preventivo para evitar a possibilidade de prisão antes de analisados os recursos nos tribunais de Brasília. O ministro Fachin já negou o pedido liminarmente (decisão provisória), e decidiu enviar o caso para o plenário julgar o mérito.
Após o anúncio de Cármen Lúcia, o ministro Marco Aurélio pediu a palavra para dizer que considerava levantar questão de ordem para pedir à presidente da corte que pautasse o julgamento de duas ações que tratam de prisões após condenação em segunda instância. Ele disse, porém, que mudou de ideia, e somente fez um apelo à presidente para resolver a questão.
Marco Aurélio é relator de duas ADCs (ações declaratórias de constitucionalidade) que abordam a chamada execução provisória da pena de forma genérica. Essas ações foram liberadas para julgamento em dezembro, mas até hoje estão fora da pauta organizada por Cármen Lúcia.
"Eu estava pronto para suscitar a questão de ordem, mas não vou fazê-lo diante do anúncio de vossa excelência de que caminharemos para a entrega da prestação jurisdicional no dia de amanhã", disse Marco Aurélio.
"De qualquer forma, quero deixar registrado que precisamos resolver de vez por todas um descompasso de gradação maior que está havendo no âmbito do Supremo e que o desgasta como instituição. Refiro-me à problemática da distribuição dos habeas corpus e, conforme o relator sorteado, ter-se quanto à execução provisória do título condenatório o implemento de liminar. Como podemos resolver de vez por todas sem se cogitar de apequenar o Supremo essa questão? Podemos fazê-lo designando um dia para o julgamento final [das ADCs]", propôs o ministro.
AÇÕES SOBRE EXECUÇÃO DA PENA
Cármen Lúcia não quer pautar o julgamento do mérito das duas ADCs. Ela tem dito que não é conveniente mudar um entendimento firmado há pouco tempo (em 2016) e que não vai ceder a pressões.
Por outro lado, uma ala de ministros defende que se vote logo o mérito da questão para o Supremo dar uma palavra final. Em 2016, o entendimento de que é possível executar a pena antes de esgotados os recursos nas instâncias superiores venceu por 6 votos a 5.
O Supremo hoje está dividido e os integrantes dessa ala dizem acreditar que há maioria para inverter a votação de 2016. Uma alternativa é a proposta do ministro Dias Toffoli de que um condenado só pode ser preso após julgamento dos recursos pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça), a terceira instância da Justiça.
Uma reunião informal entre os ministros que estava prevista para terça (20), mas que não se realizou, acabou expondo o racha e a falta de diálogo no Supremo. A ministra Cármen Lúcia disse que o encontro tinha sido pedido pelo decano, Celso de Mello, e que ela aceitara.
O ministro afirmou que sugeriu a conversa para evitar que Cármen sofresse uma cobrança pública no plenário. Segundo ele, no entanto, a presidente deixou de convocar os ministros para a reunião. Diante do fracasso de uma saída diplomática, Marco Aurélio cogitava trazer o assunto à tona pela via da questão de ordem - o que causaria um constrangimento à presidente -, mas mudou de ideia. Com informações da Folhapress.
Fonte: NMB
5 comentários
22 de Mar / 2018 às 01h00
Ñ se julga como prioridade HC de quem esta solto e sim de quem esta preso ( Palocci ). Esse "V" desmoralizou, esculhambou a população Brasileira e agora tem a obsessão de desmoralizar a CORTE ( chiqueiro dele ) a qual tem a maioria pessoas ligada a sua OCRIM. TENTOU, TENTOU e TENTOU torna o Brasil um pais medíocre semelhante a alguns PAÍSES Africanos aonde tem REIS que governam por 40 anos e com mais de 10 CONCUBINAS.
22 de Mar / 2018 às 01h24
Sumula 691 de 2007 do STF veda a seus ministro apreciar habeas corpus negado por tribunais superiores, é o caso desse rapaz, ele já teve "habeas corpus" negado liminarmente com um detalhe, a sumula foi redigida em português.
22 de Mar / 2018 às 02h49
limitações do STF são por demais conhecidas para que, no caso de Lula, se aceite aquilo que deveria valer para todos: O que está escrito na constituição, sobre ninguém ser considerado culpado antes do trânsito em julgado. O mais provável é que saia uma “conta de chegar” reconhecendo a inviabilidade da prisão e já apresentando recurso ao superior tribunal de justiça (STJ) ou ao próprio STF. Na justiça brasileira direito só tem importância secundária.
22 de Mar / 2018 às 03h25
Amo PT porque foi quem fez o Samu e Luz para Todos. Na casa da minha mãe tem Luz que Lula fez
22 de Mar / 2018 às 08h50
HC preventivo equivale a compra de CAIXÃO pra doente que ainda não morreu, COITADO do VACCARI, tá comendo GRADE sem se quer ter sido ouvido, e PALOCCI coitado. ELE VAI CONSEGUI se safa pq os membros do STF tem medo da delação dele, pois emissários já avisaram que se LULA for preso ele vai fazer a DELAÇÃO dos juízes do STF. Br NASCEU em 1500 e morre em 2018.