ARTIGO - MARIELLE FRANCO E “AS VIÚVAS DE ISAAC CARVALHO”

O Brasil está vivendo uma catarse venérea institucional. As punições máximas somente existem:

No Executivo, o Impeachment.

No Legislativo, a Cassação.

E no Judiciário? Nada. O Judiciário (Com Supremo, com tudo)) segue intocável, inabalável, reinando soberano acima dos deuses e incorporado pelo satanás da bixiga lixa do diabo a quatro, cinco, mil.

O horror que os três podres poderes (Gratinho a Caetano pelo termo) fazem para tornar Lula inelegível e prisioneiro é acintosamente descarado à ordem natural do correto, do sério, do justo. Por outro lado sobram benesses e mimos aviltantes para os caciques golpistas do PSDB de Moro, MDB de Temer, DEM de ACM Neto e seus asquerosos aliados.  Partidos de esquerda? Hummm... pau... pau puro e

AGORA PAU É POUCO,... ... ...  BAALAA!

Sabe onde quis chegar, não é velho companheiro de crônicas, artigos, textos, poemas e contos? Pois é, jamais poderia deixar passar em linhas brancas tamanha barbárie. Refiro-me, lógico, ao brutal, perverso, covarde, assassinato da vereadora Marielle Franco do PSOL carioca. Uma revista ao gosto dos reaças estampou na capa perguntando a quem interassava esse assassinato. ‘VEJA’ que brincadeira mais sem graça, se isso nem mais é o tópico da discussão. Quilaro mais que quilaro se tratar de calar uma voz altiva, corajosa, brava, imponente, guerreira feroz, contestadora até o último pingo de suor do autoritarismo abusivo. Liderança incansável dos favelados, dos excluídos, dos à mercê de uma sobrevivência sofrível, dos discriminados em todos os âmbitos e defensora incomensurável dos DIREITOS HUMANOS!

Marielle: Preta, favelada, mãe dedicada, companheira carinhosa, amiga acolhedora.

Marielle: Brilhante humanista que furou barreiras praticamente intransponíveis para tornar-se uma mestra em sociologia,vereadora respeitada e atuante, de votação expressiva, caminho de escuta popular, de um futuro político sublime no ativismo social e no combate às mazelas dos oprimidos. Um exemplo de solidariedade em uma nação repleta de um judiciário mórbido e de políticos canhestros permeando horizontes e verticais.

Otonce, agora indignado Leitor, qual classe ansiava por silenciar esse vozeirão assonante? Aduvinhão, sabia que já sabia:  A DIREITA ULTRACONSERVADORA. Sejam os autores e mentores bandido bandido ou policial bandido ocorreu um assassinato politizado. A Direita, bem a seu caráter covarde, mandou um claro recado à esquerda.  

Understwood, my friend? Understwood, playman? Understwood, playwoman? Understwood, everybody?

A explicação mais plausível e embasada nos fatos é o desespero galopante dos fascistas/maquiavélicos reacionários/golpistas/ intervencionistas, que observam mordidinhos de dá dó um povo abarcar cada dia que passa a causa socialista e humanista como rumo certo ao país. É aí mainha que ‘eleszão’ se enraivam, se engasgam, peidam, berram, gritam com os seus cães e filhos e mulheres e amantes e motoristas e porteiros, limpam as bundas com a bandeira brasileira, rasgam a constituição, tentam prender, cassar direitos e, não contentes ainda,

bambambam ... MATAM!

O socialismo científico, até o utópico, difere infinitos anos-luz das práticas neo-liberais, militaristas e capitalistas de um Bolsonaro, Temer, Aécio, Alckmin, Dória, Malvadeza Neto e outros crápulas idem. Quero ver se vosmecê é tampa mesmo, estimável Leitor, se aduvinhar o autor dessa frase: “A LINGUAGEM SOCIALISTA É ENCANTADORA COMO O SAMBA”.  Sabe não, né? Te peguei. Euzinho Gondim, rárárá.  Por isso que o povo brasileiro e o mundo dançam, balançam, se enroscam, cantam e se encantam com líderes qual nosso Lulinha, Paz e Amor.

Marielle presente!

Xiiiiiiii  ! Leitor, vou revelar um segredinho cá pra nós só. O texto não seria esse. Sentei-me no livre intuito de falar um pouco muito da nossa política municipal. Só que o trágico acontecimento no Rio de Janeiro me impôs tergiversar sobre tão importante e alarmante crueldade. Meio vulnerável e puto ao ver e ao ler por aí certas gentinhas miúdas, pernósticas do conservadorismo ímpio, seguidores normalmente bolsonaristas e olavocarvalhistas, se esmerando e comemorando em sorrisos cínicos e analogias vis o cadáver da heroína Marielle Franco. Quando no muito os nefastos ultracoxinhas ensaiaram sentimentos evasivos. Uma baita prova de que podem não serem humanos.

Bombombom, nobrérrimo amigo. Se o texto predisposto não era esse sobre o que será que seria? Rárárá, já vi e senti pela sua cara que vai é gostar: Política Municipal de Juazeiro-BA. Do passado passado (Joseph Bandeira-Misael Aguilar), do passado recente (Isaac Carvalho) até os nossos dias (Isaac Carvalho-Paulo Bomfim). Perpassando levemente austero pelos vereadores, deputados e candidatos já na berlinda.

Leitor, bem antes que se infeste de murmúrios e raivinhas e muito menos chamar-me de fdp, prometo que, se o grandioso Blog do WALDINEY PASSOS aprouver em concórdia, esse ‘texto que seria’ chegará antes do esperado até vosmecê. E fervendo, como deve ser, em altos graus centígrados, fahrenheit e kelvin. Concorde, vá amigo, dá-me um creditosiinho. 

Entretanto, como descobri hoje que “pombos arrolham” e quem “piam são as corujas”, resolvi nesse momento dar uma palhinha do que vem no ’texto que seria’. Mas, só um golinho dele. Tá?

Óia só:

Um grupo de “danadinhos”, mistura de ditos comunistas com ditos direitistas, resolve dar uma guinada à esquerda. Confabulam em secretas rodas, ações bastidoriais, traições, e um projeto afinado sai do papel: MUDANÇA. Retirar de vez e enterrar numa vala política inescapável e mortal os oligarcas que então se revezavam no poder há décadas foi o primeiro consenso do autoconselho. Sai um, entra o outro. Sai o outro, entra o um. Bem assim. Então o grupo, hipoteticamente, quis mostrar ao povo o dever/direito de mudar de rumo e rumar a uma modernidade, apostar em um novo modelo de cuidar das pessoas e da sua cidade. Plano aprovado unanimemente pelos comunas e direitistas do autoconselho, o grupo cai em campo. Acunhando super reuniões, reuniões, reuniõezinhas camufladas, outro consenso: Catar um  empresário que, meio alheio ao processo político até então, caísse como uma luva nas gracinhas da população, da mídia, da arrecadação de fundos para campanha. Chegaram ao dito cujo cujo dito: Isaac Carvalho.  Com o povo pendenga de tantos desgovernos e briguinhas a dois, Isaac entra no jogo soletrando sofrivelmente em palanques, avermelhando em debates, gaguejando nas entrevistas. Inegável, elogiável, espantoso, que com um vigor gigantesco, afoitamento, dormindo tarde, acordando nas madrugas, o ‘Escolhido’ foi tomando gosto pela coisa. Aprendeu mais ou menos a falar em público e muito mais do que menos as artimanhas necessárias. Aí, o dedo milagroso do genial jornalista e marqueteiro político Fernando Veloso. Desenterraram ‘ligerim qui nem caldo de cana’ as alianças, o apoio de parte das elites, fechou conchavos, e acalentou esperança no povo humilde e desgastado com a politicagem anterior. Veio, de contrapeso, as conversas bonitas, os jingles chicletes de ouvido, as promessinhas na maciota. Não é, amigo das letras, que deu certo, certíssimo, certocertíssimo? Tome, tome lapada forte e Joseph Bandeira e Misael Aguilar dançam o samba do crioulo doido até hoje. Embora, pelo cabide de votos que enverga, Bandeira ainda respire e ofegue um ressuscitar. Será o benedito, minha santa?

Chega o Vaqueiro que vende trator, passeia de lancha e Hyndai, mora em apê na orla, se enche de whisky escocês. De início, os “danadinhos” abocanham com as suas bocas enormes e esfomeadas secretarias e autarquias de grande porte, cargos comissionados de relevância e, os não contemplados assim, assessorias somente visíveis na folha do Paço. Isso tudo, afora as benesses outras (Faça de besta não, Leitor. Cê sabe direitin quais). Para os do grupo e seguidores-moral Juazeiro vira uma farra, festa, cidade sorrisos. Só que, ô meu, esqueceram uma coisita coisona: Vaqueiro-empresário pensa, planeja e aprende rápido a lidar com nova clientela e grana sobrando pelos ralos.

O poder apaixona. Transforma-se em amor. Isaac começa a mostrar os pauzinhos, a línguinha, as unhinhas. Antes que o grupo dos “danadinhos” se aperceba, as decisões começam a serem exclusivas... de quem? De quem quem? Delezão: Isaac. Não o da Bíblia. O da MUDANÇA.

Pimba! Os ‘amicíssimos do Rei” são  degolados um a um, sobrando atualmente poucos em alto relevo. Aos guilhotinados, lamentos e o bullyng pejorativo de “AS VIÚVAS DE ISAAC”. Algumas, inclusive, abandonadas sem amparo nem do INSS do Paço. O Leitor pode alarmar algumas dessas viúvas. Eu deixo. Brinque com quem  acostumou-se desde meninote no Mandacaru a encilhar e domar cavalo brabo pra derrubar bois. Quanto mais gente, hein Vaqueiro? Foram brincar, já viu. Isaac mandando no pedaço, não. No todo mesmo.

Responda, Leitor curioso: Quais dos “danadinhos” e seguidores sedentos desde o comecinho da era isaaquiana até a presente extensão do seu sucessor, amigo e afilhado político Paulo Bomfim mantêm secretaria ou cargos de ponta?

Pronto. Preambulei um breve histórico da ascensão de Isaac Carvalho ao trono de maior líder político de Juazeiro e do Norte baiano.

A questão básica que incendeia as mentes e arrepia os cabelos é:

VALEU A PENA, ESTÁ VALENDO, O PROPALADO GOVERNO DA MUDANÇA?

Fidalgo Leitor, muita calma nessa hora e que esperemos os próximos capítulos.

Mas, a meu ver, adianto: VALEU, SIM SENHOR!  E MUITO.

Blog Geraldo José, posso andar nas ruas sem guarda-costas?

De resto, antes de amassar os rascunhos, deixo um solene recadinho a qualquer idiota plantonista. Presente de um brother das antrolas:

“QUANDO VOCÊ ESTÁ MORTO, VOCÊ NÃO SABE QUE ESTÁ MORTO.

QUEM SOFRE SÃO OS OUTROS.

É A MESMA COISA QUANDO VOCÊ É IDIOTA”.

(Ricky Gervais)      

Fui. E volto já. Vou tomar maracujá.

Otoniel Gondim --- Professor, Escritor e Compositor.