A assessora de imprensa da vereadora Marielle Franco, assassinada na semana passada, no Rio de Janeiro, contou que o som dos tiros que atingiram o carro onde estavam e que mataram Marielle Franco e o motorista Anderson Pedro Gomes durou "um segundo". Ela concedeu entrevista ao programa Fantástico, da Rede Globo, e contou como foi o momento do homicídio.
"Estávamos olhando o celular. Um minuto antes, mais ou menos, eu vi a Marielle comentar alguma coisa do tipo: eita. Mas um comentário muito tranquilo. Não era um susto. No momento dessa interjeição dela, ouvi uma rajada. Na mesma hora me abaixei. Eu estava achando que ela estava se abaixando junto comigo. Foi um barulho forte, mas rápido", disse a assessora, que, por segurança, não divulgou sua imagem e nome.
A vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco, do PSOL, foi morta a tiros na noite de quarta-feira (14), dentro do carro em que seguia para casa.
Ela disse que, quando ouviu os tiros, achou que estivessem passando por uma área de fogo cruzado. "Nesse momento, o Anderson fez assim: 'ai'. E eu estava ali abaixando. Não vi se veio de um carro, de uma moto, de nada. Não sei de onde veio isso. E logo depois do 'ai', vi que os braços dele que seguravam o volante caíram", afirmou. O carro foi parado por ela, que dominou o volante e puxou o freio de mão.
Ao deixar o carro, a assessora sinalizou para os carros e gritou pedindo socorro. Ela contou ainda que foi acalmada por uma mulher que chamou polícia e ambulância. Até então, achava que Marielle e Anderson estivessem desmaiados. Apenas com a chegada da polícia, ouviu o comentário de que apenas uma pessoa havia sobrevivido aos tiros.
"A coisa da sobrevivente me marcou muito. Eu queria a Marielle viva. Eu queria o Anderson vivo. Sobreviver é muito cruel. Por que eu preciso sobreviver? Que coisa horrenda. Que violência é essa?", disse. "As autoridades têm que me dizer logo quem foi que fez isso e por que fez isso. É isso que eu espero", afirmou a assessora de Marielle.
Jornal Estado de São Paulo
3 comentários
19 de Mar / 2018 às 22h59
Tragédia à parte, esse povo da esquerda demoniza a Globo, mas corre pra dar entrevista quando é de seu interesse.
20 de Mar / 2018 às 01h04
Dizem-me que devo tomar cuidado ao comentar mais uma monstruosidade da senhora Marília Castro Neves, desembargadora do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, desta vez debochando de uma mulher que, portadora da Síndrome de Down, trabalha como professora em Natal (RN). A mesma Marília que vilipendiou a memória de uma mulher assassinada, a vereadora Marielle do Santos. Sim, contenho-me e engulo pelos dedos o que ela mereceria ouvir, porque a pessoa ofendida, a professora Débora Araújo Seabra de Moura vale mil vezes essa mulherzinha cheia de preconceito e ódio, que só um emporcalhado Judiciário
20 de Mar / 2018 às 15h59
Todo assassinato tem que ser desvendado pelas autoridades, não importa de quem seja, e os autores junto com os mandantes punidos rigorosamente dentro da lei.