Numa área com 1,3 mil metros quadrados no Espaço Plural da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), em Juazeiro (BA), o projeto de extensão Sisteminha Embrapa – Sistema Integrado para Produção de Alimentos desenvolve uma série de atividades produtivas de maneira integrada e sustentável, envolvendo agricultura e pecuária. A iniciativa, que propõe soluções que viabilizam o uso de pouca água para a produção de alimentos, foi escolhida para representar a equipe Enactus Univasf no Prêmio Boa Agricultura 2018, promovido pela Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef) e pela Enactus Brasil, e está entre os dez projetos semifinalistas.
No Espaço Plural, piscicultura, criação de galinhas de postura, frangos de corte, codornas, porquinhos da índia e minhocultura dividem espaço com canteiros de milho, tomate cereja, abóbora e macaxeira, entre outras culturas, e mostram os benefícios do cultivo integrado para o melhor aproveitamento dos recursos naturais pelo produtor rural. Desenvolvido pelo pesquisador Luiz Carlos Guilherme, da Embrapa Meio Norte, no Piauí, de onde se origina o nome do projeto, o Sisteminha propõe ao agricultor aproveitar pequenas áreas para cultivar e colher o alimento para a família, possibilitando também um incremento na geração da renda familiar.
A implantação do projeto na Univasf teve início em agosto do ano passado, sob a coordenação do professor do Colegiado de Medicina Veterinária René Cordeiro e com o apoio da pró-reitora de Extensão, professora Lucia Marisy, uma entusiasta da proposta do Sisteminha. O projeto conta com um estagiário, o estudante de Zootecnia Márcio Fabrício Santos. René ressalta que o Sisteminha Embrapa se caracteriza pelo cultivo sustentável, preservando o meio ambiente e os recursos naturais, promovendo a qualidade de vida e gerando renda.
A unidade demonstrativa implantada na Univasf destina-se à capacitação das comunidades rurais e já recebeu escolas e pequenos produtores interessados em conhecer a proposta. O Sisteminha já foi replicado na propriedade de um produtor no distrito de Pau Ferro, em Petrolina (PE). “Nossa missão é continuar disseminando o projeto nas comunidades rurais, em região de sequeiro, territórios quilombolas para contribuir com a melhoria das condições de vida da população”, frisa o professor René. E com este objetivo, a equipe oferece capacitações para os interessados. Os agendamentos podem ser feitos diretamente com o professor pelo e-mail [email protected].
Todas essas características foram decisivas para a escolha do projeto para concorrer ao Prêmio Boa Agricultura 2018 representando a Univasf. O presidente da equipe Enactus Univasf, Aluísio Sampaio, ressalta que o Sisteminha contribui para combater a fome, reduzir a miséria e promover o uso sustentável da água, de uma maneira simples e com baixo custo, qualidades que se encaixam com os objetivos do Boa Agricultura.
“Esse projeto tem a capacidade de impactar positivamente um grande numero de pessoas que vivem em regiões de sequeiro, comunidades quilombolas e assentamentos dos municípios de Juazeiro e Petrolina”, destaca Sampaio. Os cinco projetos finalistas serão anunciados em junho e o resultado final está previsto para julho. Os dois times vencedores do Prêmio Boa Agricultura 2018 receberão uma premiação em dinheiro.
Boa Agricultura – O prêmio tem como objetivo mostrar que o agronegócio se constitui em uma atividade vital para a humanidade. Os projetos participantes foram avaliados com base nos critérios de alinhamento e coerência, planejamento e gestão, impacto e relevância, escalabilidade e transformação e sustentabilidade e inovação. Cada time selecionado receberá da organização do prêmio uma bolsa investimento de R$ 1,5 mil para impulsionar a execução dos projetos.
Ascom Univasf
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