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Brumadinho: Após 4 anos, rio Paraopeba, afluente do Rio São Francisco, segue sem data pra descontaminação. Muitos peixes ainda aparecem mortos

Há quatro anos, em 25 de janeiro de 2019, uma onda de  12 milhões de m3 de rejeitos de mineração contaminou o rio Paraopeba, na Bacia do rio São Francisco, impactou a vida em 26 municípios, deixou aproximadamente 272 mortos (quatro  seguem desaparecidos), além de destruir 297 hectares de Mata Atlântica e uma grande diversidade de fauna e flora em Minas Gerais.  A reportagem é do site Eco Jornalismo Ambiental, jornalista Adriana Amancio

Após quase meia década do rompimento da Barragem Córrego do Feijão, em Brumadinho,  o segundo maior desastre da mineração deste século segue sem data de conclusão para reparações ambiental e das vítimas. ..

Fiocruz encontra alto nível de exposição a metais pesados em Brumadinho

Levantamento feito pela Fiocruz de Minas Gerais, em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), revela que a população de Brumadinho (MG) apresenta alto nível de exposição a metais pesados. A pesquisa também constatou incidência acima do normal de problemas respiratórios e casos de depressão na cidade que ficou marcada pelo rompimento de uma barragem de rejeitos de mineração da Vale.

O estudo avalia as condições de vida, saúde e trabalho da população local, após o desastre que causou a morte de 270 pessoas, em janeiro de 2019...

Chuvas colocam barragens em alerta, 3 anos após ruptura em Brumadinho

As chuvas das primeiras semanas de 2022 em Minas Gerais têm colocado a mineração em alerta, ao mesmo tempo em que moradores de áreas próximas às minas e às barragens voltam a temer a repetição de tragédias como a de Brumadinho (MG).

O episódio que tirou a vida de 270 pessoas completa exatos três anos nesta terça-feira (25)...

Federalização: Processo criminal da tragédia em Brumadinho pode voltar à estaca zero

Passados exatos três anos da tragédia em Brumadinho (MG), a tramitação do processo criminal pode voltar à estaca zero depois que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) considerou, mais de uma vez, que a Justiça estadual não tem competência para analisar o caso.

O processo seria assim federalizado, o que ainda será analisado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Se a decisão for mantida, atos processuais já realizados serão anulados...

No 131º dia de busca, bombeiros encontram corpo completo em área da Vale em Brumadinho

Após mais de 130 dias de buscas, bombeiros encontram mais um corpo completo na área atingida pelos rejeitos do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Os restos mortais foram localizados nesta terça-feira na região do Terminal de Carga Ferroviário 3 (TCF 3). Pelo caminho percorrido pela lama, o terminal está localizando antes da área administrativa, frente de trabalho mais próxima do local do ropimento. 

Segundo o Corpo de Bombeiros, ainda não há identificação da vítima. O corpo será levado ao Instituto Médico Legal (IML) de Belo Horizonte. Até o momento, foram confirmadas 245 mortes em decorrência do rompimento da barragem em janeiro. Outras 25 pessoas continuavam desaparecidas. ..

Vegetação começa a crescer sobre lama em Brumadinho

Atualmente a lama não se parece em nada com a que invadiu Brumadinho: o verde começa a brotar em meio aos rejeitos da mineração. Parte da lama está completamente seca e os rejeitos de minério na superfície são visíveis. Hoje já é possível caminhar com menos dificuldade sobre a lama, antes instável, líquida e perigosa.

Surpresos com o verde que insiste em nascer em meio aos rejeitos, parte dos moradores acredita que, por conta da força com que desceram os rejeitos, árvores e vegetação foram arrancadas sem perder completamente suas raízes. Segundo os moradores, as áreas de maior crescimento de vegetação eram os pontos de maior biodiversidade, como os riachos e lagoas.

No último domingo (14), acontecia o enterro do último morador encontrado no Córrego do Feijão. Nesse pequeno distrito, um dos mais afetados pelo rompimento da barragem no dia 25 de janeiro, foram 25 vítimas --ao todo, 231 morreram na tragédia. Levi Gonçalves da Silva foi o último morador do Feijão a ser reconhecido, 85 dias após o rompimento. Perto da data em que se marcariam três meses do desastre, o pequeno cemitério local estava, mais uma vez, cheio.

"Você viver 40 anos com uma pessoa é muito tempo, né. É muita história pra acabar assim, dentro de 1 segundo. Ninguém esperava tanta gente debaixo da terra de uma hora pra outra, num caso que podia ter sido evitado", diz Conceição Lopes Fernandes Silva, 53, viúva de Levi.

Os restos mortais de Levi foram reconhecidos por familiares na sexta feira (12) no Instituto Médico Legal de Belo Horizonte. Na mesma situação de Levi, ainda existem 530 partes de corpos de vítimas aguardando para serem identificadas. Além das 231 mortes confirmadas, há 41 pessoas desaparecidas, segundo lista divulgada pela Vale e pela Defesa Civil.

As buscas serão encerradas caso os restos mortais no IML sejam compatíveis com o DNA dos desaparecidos.

Na quarta-feira (17), 83º dia de buscas, os resgates contavam com 138 bombeiros militares e 4 duplas formadas por tutor e um cão farejador, em contraponto aos 400 militares que atuavam no início da operação. Os bombeiros informaram também que drones têm sido utilizados nas buscas, ao invés de aeronaves.

Segundo a Vale, 272 famílias de vítimas receberam doação de R$ 100 mil; 98 donos de imóveis na zona de autossalvamento receberam R$ 50 mil cada; e 81 pessoas cujos negócios foram impactados receberam R$ 15 mil.

"Eu ainda não fui na lama, ainda não tive coragem de ver o barro. Só pela TV." Noé Henrique de Oliveira, 63, um dos moradores mais antigos do Córrego do Feijão, perdeu o terceiro de seus quatro filhos no desastre ambiental.

Rodrigo Henrique de Oliveira, 31, que trabalhava para a Vale, deixou mulher, um enteado e um filho, Bruno e Rodrigo Jr., de 20 e 11 anos, respectivamente.

"Por aqui até o ar tá triste, você repara?", diz Noé. A população atingida se divide entre os que querem partir e os que querem ficar. O turismo, antes importante fonte de renda, agora praticamente não movimenta a economia.

Celso de Oliveira, 20 anos, é funcionário da Brasanitas, empresa terceirizada da MRS, que faz limpeza dos vagões de trem. "A minha vontade agora é de ir embora. A gente não vai esquecer, com certeza. Eu acredito que longe daqui vai ser melhor, não vai estar vivenciando todo dia ali, passando todo dia na estrada e relembrando", diz ele.

Já Wilson José Ferreira, 55, aposentado e membro da associação de moradores do Córrego do Feijão, não pensa em sair do local. "Não vou aluir meu pé daqui nem tão cedo. Posso sair daqui, mas só depois de ver isso tudo reestruturado. O que eu puder fazer por essa comunidade pode ter certeza que eu vou fazer. Vou dar o máximo que eu puder."

"Eu creio que daqui a dois ou três anos a Vale vai estar movimentando a mesma coisa. Vai acontecer igual lá em Mariana. Lá já foi até esquecido. Lá eles perderam bens materiais né, aqui foram vidas mesmo. Aqui também vai ser esquecido. A Vale vai continuar, aliás, já está continuando", diz Carmem Vicentina Barbosa, 67 anos, nascida no Córrego do Feijão.

"Isso aqui eles podem folhear a ouro que nada vai apagar o que aconteceu. Nunca mais", diz Wilson José Ferreira...

Ministro anuncia repasse de R$ 62 milhões para incentivar turismo em Brumadinho

O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, esteve neste sábado, 16, em Brumadinho (MG) e anunciou um repasse de R$ 62 milhões do Fundo Geral de Turismo (Fungetur) para o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) com o intuito de fortalecer o turismo no município. O ministro disse ainda que será feito um memorial para homenagear as vítimas do rompimento da mineradora Vale, que resultou, até o momento, na morte de 166 pessoas. Há 144 desaparecidos, segundo último balanço da Defesa Civil de Minas Gerais. “Brumadinho terá no turismo a força que precisa para se reerguer”, disse Antônio em publicação no Twitter do ministério. Prestadores de serviços que atuam na região e que estão no Cadastur, cadastro de pessoas físicas e jurídicas que atuam no setor, terão acesso ao crédito. A proposta é oferecer condições especiais para empreendedores do local, que terão encargos reduzidos e prazos ampliados de pagamento. “São empreendimentos como meios de hospedagem, agências de viagem, locadoras de veículos e transportadoras turísticas que poderão impulsionar projetos de infraestrutura e comprar máquinas e equipamentos”, informou o ministério. O objetivo também é reduzir a dependência da região do setor de mineração. ..

Chega a 150 o número de mortos na tragédia da Vale em Brumadinho

Subiu para 150 o número de mortos no rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e prestes a completar duas semanas. As informações sobre as buscas foram atualizadas em entrevista coletiva no início da tarde desta quarta-feira. Dos 150 corpos resgatados, 134 foram identificados. Outras 182 pessoas continuam desaparecidas. Hoje, 13º dia de buscas, foi lançado um efetivo de 379 homens e mulheres, entre bombeiros militares e também voluntários civis.

A manhã começou com uma chuva fina no centro de operações montado em Córrego do Feijão, mas o tempo melhorou e as 30 equipes com apoio de 21 máquinas pesadas e quatro caminhões seguiram para o trabalho. De acordo com o porta-voz do Corpo de Bombeiros, tenente Pedro Aihara, as buscas na  região continuarão por tempo indeterminando, e diariamente estão sendo monitoradas as condições climáticas da região. ..

STJ determina soltura de engenheiros presos por rompimento de barragem

A Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu hoje (5) mandar soltar as cinco pessoas que foram presas no dia 29 de janeiro no âmbito das investigações do rompimento da barragem da mina Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG). Com a decisão, serão libertados o geólogo Cesar Augusto Grandchamp, o gerente de Meio Ambiente, Ricardo de Oliveira, e o gerente do Complexo de Paraopeba, Rodrigo Artur Gomes de Melo. Todos são funcionários da mineradora Vale.

A decisão também alcança os engenheiros André Jum Yassuda e Makoto Namba, engenheiros da empresa alemã Tüv Süd, que assinaram o laudo que teria atestado a segurança da barragem. Na decisão, por unanimidade, os ministros entenderam que não há motivos para que os acusados continuem presos preventivamente, antes do julgamento. Seguindo voto proferido pelo ministro Nefi Cordeiro, relator do habeas corpus, o colegiado entendeu que os acusados prestaram depoimentos, as medidas de buscas e apreensões foram realizadas e não há risco para o andamento das investigações. ..

Bombeiros dizem que operação pode terminar sem resgate de todos os corpos em Brumadinho

O tenente Pedro Aihara, porta-voz do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais na operação em Brumadinho, afirmou nesta segunda-feira que a ação de resgate pode ser encerrada sem que todos os corpos dos 205 desaparecidos sejam localizados. Devido à chuva forte que caiu na cidade nesta madrugada, as buscas na lama foram suspensas e 400 bombeiros atuam nas buscas nas margens do rio Paraopeba.

Questionado se existe a possibilidade de não serem retirados todos os corpos da lama, o tenente admitiu que o Corpo de Bombeiros trabalha com essa possibilidade. "É uma possibilidade já deslumbrada em situações deste tipo, em que se tem estrutura colapsada e lama já é esperado que alguns corpos não sejam encontrados"...

Sobe para 115 número de mortos na tragédia de Brumadinho

A Defesa Civil de Minas Gerais informou hoje (1º) que aumentou o número de mortos e desaparecidos entre as vítimas do rompimento da barragem Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, nos arredores de Belo Horizonte. O balanço revelou 115 mortos, 248 desaparecidos e 395 localizados. Dos mortos, 71 foram identificados.

Segundo a Defesa Civil, aumentou o número de desaparecidos a partir de informações transmitidas ao serviço de ouvidoria da empresa Vale. Por isso, foram incluídos mais dez nomes na relação de desaparecidos...

Sobe para 110 número de mortos em Brumadinho; 71 foram identificados

A Defesa Civil de Minas Gerais informou hoje (31) que aumentou o número de mortos no desastre da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, nos arredores de Belo Horizonte. Pelo último balanço, são 110 mortos, 238 desaparecidos e 394 identificados. Dos mortos, 71 foram identificados por exames realizados pela Polícia Civil. Também há 108 desabrigados e seis pessoas hospitalizadas. 

A Polícia Civil toma depoimentos de sobreviventes e coleta amostras de DNA. Segundo a Polícia Civil, foi coletado material de 210 pessoas que representam 108 famílias. Os trabalhos vão prosseguir. De acordo com o delegado da Polícia Civil, Arlen Bahia, dos 71 corpos, 60 já foram identificados e entregues aos familiares. Os outros 11 estão no Instituto Médico Legal (IML) aguardando a liberação por parte dos familiares...

Equipe coordenada pelo CRMV-MG resgata 36 animais em Brumadinho

Coordenada pelo Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV-MG), a equipe da Brigada Animal realiza, na manhã desta quarta-feira (30), uma reunião de planejamento das ações de resgate e tratamento de animais em Brumadinho.

As ações contam com a participação de 30 profissionais, entre médicos-veterinários, zootecnistas e voluntários, e também com a parceria da Escola de Veterinária da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), da Anclivepa Minas, da Sociedade Mineira de Medicina Veterinária e  do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA).

Segundo a Brigada Animal, até o momento, foram resgatados 36 animais, que estão sobre os cuidados dos especialistas em suas respectivas áreas. Os animais estão sendo encaminhados para uma fazenda, onde passam por triagem e recebem os primeiros tratamentos...

BISPO DE JUAZEIRO SE MANIFESTA SOBRE TRAGÉDIA EM BRUMADINHO (MG)

Em mensagem oficial que circula nas redes sociais o Bispo da Diocese de Juazeiro (BA) Carlos Alberto Breis Pereira, Dom Beto, se manifesta sobre a tragédia que se abateu sobre o município de Brumadinho, em Minas Gerais na última sexta-feira, dia 25, com o rompimento de uma barragem da empresa Vale do Rio Doce. Confira:

Nestes dias estamos na Arquidiocese de Mariana, Minas Gerais, assessorando um Encontro de Formação Permanente para presbíteros do Regional Leste II da CNBB (Minas Gerais e Espírito Santo). Bem perto, geograficamente e no afeto, das vítimas dos crimes provocados pela Companhia Vale do Rio Doce, para a qual o lucro e os sucessos nas cotações importam incomparavelmente mais que vidas humanas e de tantos outros elementos da Criação, nossa Casa Comum. Compaixão e indignação são sentimentos que perpassam nosso coração de pessoa humana e de Pastor do Povo de Deus. Até que ponto chegamos! A ganância e a avidez pelo lucro enceguecem e desumanizam os responsáveis por esses crimes hediondos e ferem o princípio fundamental do valor incondicional da Vida (princípio ético de qualquer civilização). Vítimas de Mariana ainda esperam, entre dor e cansaço, seus direitos serem respeitados e assegurados...

Sobe para 84 o número de mortos em Brumadinho; há 276 desaparecidos

O número de vítimas fatais após o rompimento da barragem Mina do Feijão, em Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte, subiu para 84, segundo informou o coordenador da Defesa Civil de MG, major Flávio Godinho, na noite desta terça-feira (29). Conforme o porta-voz, 135 pessoas estão desabrigadas. 
 
Há ainda 276 pessoas desaparecidas, enquanto 192 foram resgatadas com vida e 390 localizadas (244 são da Vale). A Polícia Civil de Minas informou que 42 mortos já foram identificados. O porta-voz do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, tenente Pedro Aihara, confirmou que nenhuma vítima foi encontrada com vida nesta terça. "A possibilidade de encontrar pessoas com vida é muito pequena [a partir de agora]", disse ele, relembrando ainda que desde sábado (26) que não são encontrados sobreviventes.

O presidente da Vale, Fabio Schvarstman, disse estar "consternado" com o rompimento da barragem da mineradora e afirmou que não conhece as causas da tragédia nem sua dimensão exata. A empresa disse que iria enviar R$ 100 mil para cada família afetada pelo rompimento, algo que chamou de "doação emergencial" e não tem relação com futuras indenizações. Um gabinete de crise da tragédia em Brumadinho foi estruturado na Faculdade Asa, que fica a pouco mais de seis quilômetros do local do acidente. ..

Bombeiros em Brumadinho trabalham sem 13º e com salários parcelados

Nesta segunda-feira, o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais mobilizou um efetivo de 280  homens para prosseguir na busca de vítimas da tragédia de Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Desde a última sexta-feira (25), data do rompimento da barragem da Vale, os Bombeiros realizam um trabalho árduo, meticuloso, que requer muito treinamento, com a lama até o nariz, para não afundar.

Nesse esforço, eles realizam a sua missão sem a contrapartida mínima do Estado, que é  o pagamento em dia dos salários, hoje parcelados, além da quitação integral do 13º salário de 2018, que está atrasado, e sem perspectiva no curto prazo de ser recebido...

Sobe para 65 número de mortos em Brumadinho; há 279 desaparecidos

O número de vítimas fatais após o rompimento da barragem Mina do Feijão, em Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte, subiu para 65, segundo informou a assessoria do governo na noite desta segunda-feira (28). Conforme o porta-voz da Defesa Civil de MG, 135 pessoas estão desabrigadas.

Há ainda 279 pessoas ainda desaparecidas, enquanto 192 foram resgatadas com vida até o sábado (26). "Não sabemos a quantidade de corpos ainda, mas os trabalhos estão sendo feitos. Por conta desse fato, vamos estender as buscas neste domingo", afirmou o tenente-coronel Flávio Godinho, da Defesa Civil de Minas Gerais. A Polícia Civil de Minas informou que 31 mortos já foram identificados; veja a lista com os nomes de algumas das vítimas...

Rejeitos da Barragem, em Brumadinho (MG), “chegarão até a Bacia do Rio São Francisco de qualquer forma”, afirma especialista 

Os rejeitos de minério de ferro da Barragem 1 da Mina Feijão, em Brumadinho, Minas Gerais, “chegarão até a Bacia do Rio São Francisco de qualquer forma”, afirma especialista. A afirmação foi dada pelo geólogo e professor doutor em Geografia Física da Universidade Federal do Ceará (UFC), Jeovah Meireles, em entrevista exclusiva à Agência Eco Nordeste. A barragem, que pertence à mineradora brasileira Vale, rompeu no início da tarde de sexta-feira (25).

“A lama contaminada com minério de ferro já atingiu o Rio Paraopeba, que deságua no Rio São Francisco. Então, mesmo que eles tentem conter o seguimento da lama de rejeitos na barragem da Usina Hidrelétrica de Retiro Baixo, quando houver precipitações acima da média na região, a barragem vai precisar sangrar e os rejeitos vão sair misturados à água. E essa água vai seguir o fluxo do rio, que deságua no São Francisco e em outros, até chegar ao mar. A contaminação irá se espalhar”, explica o professor. ..

Após tragédia em Brumadinho, ministro diz que governo quer mudar regras para barragens

O ministro-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), Augusto Heleno, afirmou que o governo federal tem a intenção de mudar o protocolo do licenciamento de barragem. "Parece que há alguma coisa que está falhando nesse licenciamento", disse o ministro. A declaração foi feita após reunião neste sábado (26) de um gabinete de crise montado para acompanhar o desastre vivido após o rompimento da barragem da Vale em Brumadinho (MG), na sexta (25). Já foram encontrados 34 corpos e há mais de 250 desaparecidos.

O ministro não soube especificar, contudo, se o governo já identificou quais os problemas que levaram ao rompimento da barragem. Segundo ele, na reunião deste sábado foi concluído que é "importante e urgente" fazer novas vistorias a barragens por todo o Brasil. Heleno não disse que locais passarão por análise governamental nem quando isso deverá ter início. "Existe uma qualificação de risco, um escalonamento", afirmou. "A ideia é que isso aconteça no mais curto prazo. [Brumadinho] estava fora dessa relação de mais risco — não se esperava que isso acontecesse, até pela ausência de chuvas na área"...

Número de mortos em Brumadinho sobe para 58; há 305 desaparecidos

O número de vítimas fatais após o rompimento da barragem Mina do Feijão, em Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte, subiu para 58, segundo informou o Governo de Minas na noite deste domingo (27). Um ônibus soterrado foi encontrado perto da área administrativa. Há pessoas mortas neste ônibus, mas o número não foi confirmado. Por isso, as buscas vão continuar além das 20h, que era o horário previsto de término. Também foram confirmados 305 desaparecidos e 192 pessoas resgatadas vivas. 19 corpos já foram identificados.

O número de mortos confirmados aumentou para 58. O Governo de Minas suspendeu o recebimento de donativos, agradeceu às pessoas que colaboraram, e disse que o material já é suficiente para o socorro das pessoas afetadas. A Vale divulgou uma lista atualizada com 305 pessoas com as quais ainda não conseguiu contato...