Foram encontrados 6 registros para a palavra: cantoria de viola

Mocinha da Passira: a voz da mulher na cantoria de viola

Ariano Suassuna a convocou para colocar em si o colar da Academia Brasileira de Letras, no Palácio do Campo das Princesas, no Recife. Não aceitava que fosse outra pessoa.

“Mocinha de Passira significa para mim, para o Brasil e para o nosso povo o mesmo que Pastora Pavón representava para García Lorca, para a Espanha e para o povo espanhol”, discursou o escritor, em sua posse, em agosto de 1990...

Mocinha da Passira: a presença da mulher na cantoria de viola

Em uma tarde incerta de 1953, depois de muito estranhar a chiadeira insistente no velho rádio do irmão, Maria Alexandrina da Silva, com apenas cinco anos de idade, previu: “um dia vai aparecer um rádio em que o cara vai poder ver as pessoas dentro”. 

Desde muito cedo, Maria era tomada por premonições e não anteviu apenas a popularização dos aparelhos televisivos, mas também sua própria sina: “cantar, ser a primeira mulher da viola do mundo”. Uma visão que começou a tomar forma aos 12 anos, no sítio em Várzea de Passira, quando ganhou do pai o primeiro instrumento e desembestou a soltar os versos que já não cabiam mais em seus pensamentos de menina, uma moça, Mocinha de Passira...

VIOLEIROS RESISTEM E MANTEM TRADIÇÃO DA CANTORIA DE VIOLA EM JUAZEIRO E PETROLINA

A trajetória dos repentistas como são chamados passa por vários momentos mais eles nunca perderam a inspiração para improvisar e seguirem afinados em suas cantorias de viola. O mundo se moderniza e o interesse pela viola busca sobreviver: literalmente abraçado a esta tradição a reportagem do Blog Ney Vital encontrou o cantador de viola José Fortunato de Oliveira. O nome escolhido para a vida artística é Zezinho Oliveira, 74 anos.

Zezinho é um desses "trabalhadores sem carteira assinada" e que diz ter o dom da poesia e o repente de viola é assim denominado por ter como característica principal a improvisação dos versos narrados pelos poetas...

Poeta repentista Ivanildo Vila Nova diz que cantoria de viola não dá sinais de cansaço

A cantoria popular existe há mais de 200 anos e para o repentista Ivanildo Vila Nova, ela não dá sinais de cansaço. Ele é uma das atrações da primeira edição do projeto De Repente no Espaço de 2019, realizada pela Fundação Espaço Cultural (Funesc), João Pessoa, Paraíba. Ele e o potiguar Miro Pereira fazem uma espécie de “duelo” de versos hoje no palco do 29º Salão de Artesanato da Paraíba.

Quem já conhece a dinâmica das apresentações do De Repente no Espaço já está familiarizado com a figura de Iponax Vila Nova, declamador oficial do evento e filho de Ivanildo. Ele introduz os convidados e pede ajuda da plateia para apresentar motes, temas e palavras, que serão incorporadas aos versos ágeis e improvisados dos repentistas...

Poesia da cantoria de viola perde Louro Branco

Morreu na manhã desta quinta-feira, 18, em Santa Cruz do Capibaribe-Pernambuco, o poeta violeiro Francisco Maia de Queiroz, conhecido como Louro Branco. Ele tinha 75 anos e morreu em decorrência de problemas cardíacos. Estava na UTI desde o fim de dezembro de 2017. “A cantoria está de luto. Recebo agora mesmo a notícia do falecimento do poeta Louro Branco. É o último grande repentista que se vai”, postou o repentista Geraldo Amâncio nas redes sociais, e disse também que “a cantoria perde a graça, o humor, o raciocínio a jato e a inteligência maior do improviso.  Louro Branco incontestavelmente foi o maior repentista dos últimos anos”.

Francisco Maia de Queiroz, o popular Louro Branco, Poeta, repentista e compositor, nasceu dia 02 de Setembro de 1943 na Vila Feiticeiro no município de Jaguaribe – CE. Foi pescador, agricultor e vendedor ambulante. Começou a cantar aos 12 anos de idade, morou nas seguintes cidades: Jaguaribe – CE, Jaguaretama –CE, Coronel João Pessoa – RN, Limoeiro do Norte – CE, Mossoró – RN, Iguatú – CE, Caicó – RN, e atualmente em Santa Cruz do Capibaribe onde morava desde 1991...

Projeto em feiras de Brasília valoriza a tradição nordestina da cantoria de viola

As notas musicais tocadas nas violas de Chico de Assis e João Santana ecoam pelos corredores cheios da Feira do Guarapari, em Ceilândia Sul. O improviso dos versos entoados durante as apresentações diverte e alegra feirantes e clientes. Muitos dos que passam pelo palco param por alguns minutos para apreciar o show gratuito, promovido por meio do projeto cultural Repente na Feira.

A ideia de montar as apresentações foi do repentista Chico de Assis, 55 anos, que contou com incentivo do Fundo de Apoio à Cultura (FAC), da Secretaria de Cultura do Distrito Federal. Natural do Rio Grande do Norte e repentista há 35 anos, Chico invariavelmente conta com a parceria de João nos shows, mas também convida outros artistas, como Donzílio Luiz de Oliveira e Valdenor de Almeida, para integrarem o espetáculo...