Presidente do Ilê Aiyê defende que pela música, o negro se reafirme
Um dos momentos mais aguardados do carnaval de Salvador é a saída do Ilê Aiyê, ao subir a ladeira do Curuzu, no bairro da Liberdade, abrindo caminho para o desfile no Campo Grande. Chamado de "o mais belo dos belos", o tradicional bloco, ao longo de quatro décadas de existência, tem dado importante contribuição para o empoderamento da cultura negra no país.
Ao surgir na década de 1970, no bairro do Curuzu, o bloco foi acusado de ter “inconcebíveis intenções subversivas”, porque os fundadores pretendiam nomeá-lo como Poder Negro. À época, o registro foi impedido pela Polícia Federal Baiana. Ao desfilar pela primeira vez na folia soteropolitana, em fevereiro de 1975, já era chamado de Ilê Aiyê (Terra da Vida, no dialeto africano)...