O aumento da população idosa no Brasil, impulsionado pelo crescimento da expectativa de vida, paradoxalmente, intensifica o medo da velhice no país. Essa apreensão é alimentada por uma série de fatores interligados, que vão desde a fragilidade das políticas públicas até a desvalorização dos idosos na sociedade. A falta de políticas públicas eficazes, especialmente no que tange à seguridade social e à saúde, é um dos principais catalisadores desse medo. A incerteza quanto ao futuro da Previdência Social, somada à insuficiência dos benefícios e à precariedade do atendimento médico, gera uma profunda insegurança nos brasileiros que se aproximam da terceira idade.
A dificuldade de acesso à saúde de qualidade, com a falta de leitos, a demora no atendimento e a carência de profissionais especializados, é outro fator que contribui para o medo da velhice. A rede do SUS, apesar de seus avanços, ainda enfrenta desafios significativos para atender à crescente demanda da população idosa. A desvalorização dos idosos na sociedade, com a falta de oportunidades de participação social e o isolamento, também é um fator importante a ser considerado. A solidão e a falta de reconhecimento podem ter um impacto negativo na qualidade de vida dos idosos, contribuindo para o medo e a angústia em relação ao envelhecimento...