"O São Francisco agoniza da Nascente a foz", diz pescador
A vida do povo e do rio São Francisco foi foco da análise de conjuntura a partir da visão dos ribeirinhos/as e pescadores/as apresentada no II Congresso Nacional de Pescadores e Pescadoras da Bacia do São Francisco. O evento aconteceu de 1º a 03, na Ilha do Fogo, entre Juazeiro (BA) e Petrolina (PE), reunindo cerca de 500 pescadores/as de toda e extensão da Bacia, além de movimentos e entidades sociais ligada a atividades pesqueira.
"O São Francisco agoniza da nascente a foz... a realidade do rio vem piorando", diz o pescador e representante do Movimento dos Pescadores do Alto São Francisco, Josemar Durans. Foi nesse tom que a voz dos/as representantes dos/as pescadores/as de cada região da bacia ecoou a atual situação do Velho Chico e dos profissionais que vivem da pesca artesanal ao longo do leito do Rio. A conjuntura atual da região do Alto, apontada por Josemar, é de falta de investimento em Saneamento, já que o esgoto adentra o rio sem nenhum tratamento, o envenenamento do Rio por meio de agrotóxicos e resíduos das indústrias, além do avanço na implantação de projetos de irrigação. Outros impactos apontados são o avanço do agronegócio, e como o hidronegócio vem retirando os territórios dos ribeirinhos e da classe trabalhadora em nome de um modelo de desenvolvimento que não contribuem com a vida do rio e das pessoas. Uma realidade não somente do alto, mas de toda a bacia como apontaram, posteriormente, os/as pescadores/as...