Artigo - Incômoda passividade
Manifestações, panelas, ruas, crise e nada substancial. O Brasil segue imerso no mar de desconfiança generalizado. Mesmo que alguns resistam em concordar, independente da “ideologia” A ou B, o caminho é tortuoso e o futuro ainda mais incerto. É notório que vivemos uma diáspora política, onde pouco se discute os rumos do país, mantêm-se aberta as chagas do subdesenvolvimento, da educação precária, da saúde sucateada, da segurança ineficiente e acesa a chama da corrupção.
Abro um parêntese para refletirmos sobre uma passagem da história contemporânea. Em 1962, Nelson Mandela foi preso e lá ficou por exatos 27 anos. Numa atitude de desprendimento (no sentido mais puro da palavra, sem contrapartidas escusas) conseguiu unificar a África do Sul se tornando presidente da república encabeçando um projeto pragmático em prol da população. Mesmo diante de tantos problemas sociais e culturais, optou em dar vazão ao essencial para os rumos do país, independentemente de ideologias partidárias...