ARTIGO - ENCANTOS DO GRANDE SERTÃO
“E o sertão é um paraíso...” (Euclides da Cunha)
“O sertão é confusão em grande demasiado sossego”. (Guimarães Rosa)
O sertão é o baluarte dos valentes, dos fortes, dos guerreiros. É o berço dos poetas e utopistas. É o templo dos místicos e dos visionários. Sua bravura está calcada nas chamas do sol do meio dia. Sua poesia é filha da noite enluarada em tempo de festa junina. Sua fé vem do arrebatamento do espírito diante da superioridade do arrebol que reveste o horizonte nas horas vespertinas. O sertão é a perene e fecundante explosão da vida em forma de fogo, calor e fulguração. É o império da luz sobre a escuridão. Do movimento dinâmico das coisas sobre o marasmo gélido das cavernas. É a flor tenra que brota na fenda da pedra bruta, como que a indicar o triunfo dos humildes sobre a potência dos bárbaros...