10 anos da Lei de Cotas: da escola pública para o diploma curso universitário
No consultório de um dos postos de saúde de São Bernardo do Campo (SP), o filho de um pedreiro e de uma operadora de caixa veste o jaleco branco para atender aos pacientes. Foi por meio das cotas que Ítalo Pereira, de 25 anos, estudou medicina e virou doutor – mesmo que ele não goste de ser chamado por esse título. A mãe parou de trabalhar, pois, hoje, ele consegue custear aquela que, apesar de todas as dificuldades, nunca perdeu as esperanças.
“Eu morava perto da UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora). Antes de saber o curso que faria, eu já sabia onde iria estudar. Minha mãe e minha tia sempre falaram: ‘Você vai estudar lá’”, conta. Elas estavam certas. Há um ano, ele se formou...