Polarização da campanha impõe desafio a Ciro, Alckmin e Marina
A duas semanas da votação em primeiro turno, a campanha presidencial segue uma tendência que representa um desafio às candidaturas que podem despontar como uma terceira via à polarização entre Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT). A análise das pesquisas mostra que, se quiserem se cacifar como uma terceira via, os candidatos situados no bloco intermediário das intenções de voto - Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB) e Marina Silva (Rede) - terão 14 dias para reverter o movimento atual que está sendo impulsionado pela coesão do eleitorado antipetista em torno de Bolsonaro e do lulista/petista em torno de Haddad.
Este cenário tem moldado as estratégias das campanhas que ainda lutam para chegar ao segundo turno da eleição. O foco da campanha de Ciro será insistir em apresentá-lo como um nome de terceira via, capaz de quebrar aquilo que o próprio candidato tem chamado de "polarização odienta". Os marqueteiros de Alckmin não indicam que vão alterar a estratégia agressiva em busca do voto útil. Produziram comerciais que apelam para o medo de uma polarização PSL-PT e pregam que os demais postulantes do campo da centro-direita "não são competitivos"...