Lembro-me do carnaval de outrora em Juazeiro, todos brincavam felizes e eu enxergava estarrecido, os palhaços e blocos que divertidos se manifestavam, na calçada, na praça ou nos bares em demonstração de entusiasmo, encanto e singularidade pueris. Os olhos de criança tudo viam e me deixava tranqüilo, esperando o momento mágico de sua aproximação, lança-perfumes jogavam e sorriam com o grupo imenso, sambando e cantando as músicas mais populares.
Afortunado era o momento em que os confetes eram lançados em meio à multidão, deixando nas cabeças um colorido impressionante. Eu gargalhava a toa, esperando que a farra jamais acabasse. Beijos, abraços e o rebolar ritmado da música enlouquecida. Agoniado pedia que me deixasse seguir as escolas de samba, os blocos alucinados e dessem as mãos clamando pela parceria infantil e inusitada, que frente a eles se entregava em insana expectativa e anseios mil. ..