Nesse momento de intensa ebulição da vida nacional, muito se reclama de que tudo de ruim que vem acontecendo decorre do fato de existir uma visível predominância do império da impunidade que beneficia os bandidos do “colarinho branco”, convicção com a qual também compartilho. Em filas de Bancos, Loterias, Supermercados, e nas conhecidas e agradáveis rodinhas de aposentados nas praças das cidades, o papo mais frequente que se ouve, principalmente dos mais radicais, é o sentimento reivindicatório exigindo um tratamento de choque para restabelecimento da ordem institucional perdida, e redirecionar o país nos caminhos do respeito, da honestidade e da prosperidade.
Para que esse anseio da população seja atendido, diria que não há necessidade nem espaço para se pensar no indesejável regime de força ou de exceção como pregam muitos, quando o que mais se tem neste país são Leis. O próprio sistema democrático oferece os mecanismos para preservar a integridade das instituições, desde que se queira usá-los. O que vem se tornando evidente é a falta de coragem, determinação e independência por parte de alguns magistrados, em aplicá-las na hora certa. Em meio às dúvidas e incertezas dominantes, de repente o Poder Judiciário Nacional, através do julgamento do recurso pelo TRF-4, em Porto Alegre, resgata no horizonte uma leve perspectiva de confiança de que nem tudo está perdido...