Ao longo da história vários crimes hediondos chocaram o mundo. O grande problema é que alguns desses crimes, além de assustadores, ficaram sem solução. A dor maior é saber que eles, os criminosos podem continuar andando por aí e atacando outras pessoas. A redação do Blog é solidário nesta data, 10 de novembro, quando completa 1 ano e onze meses do assassinato da criança Beatriz.
Até o momento os pais de Beatriz e a sociedade brasileira, nordestina e região do vale do São Francisco não tem uma resposta. A morte da menina Beatriz caminha para dois anos de impunidade? Na canção de Chico Buarque assistimos a cada mès, hora, minutos e segundos, a dor dos pais de Beatriz: "Oh pedaço de mim. Metade afastada de mim leva o teu olhar, que a saudade é o pior tormento. É pior do que o esquecimento. É pior do que se entrevar. Oh pedaço de mim, metade exilada de mim. Leva os teus sinais/que a saudade dói como um barco que aos poucos descreve um arco e evita atracar no cais.
Oh pedaço, metade arrancada de mim leva o vulto teu que a saudade é o revés de um parto. A saudade é arrumar o quarto do filho que já morreu...pedaço de mim, metade amputada de mim/ Leva o que há de ti que a saudade dói latejada: É assim como uma fisgada no membro que já perdi. Oh pedaço de mim, metade adorada de mim lava os olhos meus que a saudade é o pior castigo e eu não quero levar comigo, a mortalha do amor Adeus".
Um ano e onze meses após o brutal assassinato da menina Beatriz Mota, de sete anos, que morreu ao ser atingida por 42 golpes de faca durante uma festa de formatura na Escola Nossa Senhora Auxiliadora, a Polícia Civil conseguiu imagens que revelam a face do autor do crime. Para os investigadores, não há dúvidas de que o homem que aparece nas filmagens de câmeras de segurança de estabelecimentos próximos ao Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, onde ela estudava, é o assassino. O Disque-Denúncia oferece recompensa para quem tiver informações sobre a localização do homem.
Segundo a investigação, antes de cometer o assassinato, o suspeito ficou por duas horas na frente da escola atuando como se fosse flanelinha e teve contato com várias pessoas que foram à festa. "Há indícios de que o crime foi premeditado. Ele passou horas esperando a diplomação para entrar no colégio', relatou a delegada do caso.
Os pais de Beatriz deram sinais de insatisfação com a morosidade com que o caso vem sendo apurado e informou que a família continua querendo via justiça a quebra do sigilo de algumas informações. “Muita coisa estranha aconteceu, a polícia está apurando os fatos, dentro da sua lógica investigativa, entendemos isso, mas algumas respostas são urgentes. Por exemplo, porque as imagens das Câmaras da escola foram apagadas? Quem mandou apagar? Por quê?”, questionam Sandro e Lucia, pais de Beatriz.
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