Corpo rígido, postura retraída, era assim que andava antes de fazer a prática de yoga na Universidade do Estado da Bahia. Essa postura era resultante de uma mecanização do sistema médio de educação que supervaloriza o intelecto e esquece o corpo. Quando estudava para o vestibular, não tinha consciência que vivia em uma rotina que prejudicava meu corpo. Ficava muitas horas sentado lendo e respondendo questões sem se preocupar com a saúde, era praticamente o dia todo sem me alongar e desaprendendo a respirar saudavelmente, quase entrando em uma depressão do corpo perdendo forças e com uma coordenação péssima que me fazia ter uma autoestima baixa e prejudicava o meu relacionamento com as pessoas. Também sentia dores nas costas e juntas, mesmo com pouca idade.
Acordava cinco e meia para ir até o cursinho, sentava-me para assistir aula das setes as dozes horas, ficava cerca de cinco horas sentado numa mesma posição, carregava livros pesados, saia para almoçar na casa de minha tia que morava perto de onde estudava e voltava a estudar na biblioteca próxima. Depois, retornava para casa para estudar de novo até onze horas da noite. No dia seguinte, repetia o mesmo ciclo que me fez recuperar anos de estudo que na escola não pude apreender mesmo com dedicação. Foi uma fase confusa de descobertas, mas agradeço aos meus pais, tias, tios, primos, professores, escola e amigos por ter me ajudado, pois aprendi bastante, contudo não tinha a consciência de como o meu corpo sofria...