A vacina Versamune®-CoV-2FC foi anunciada nesta sexta-feira (26), logo após divulgarem que solicitariam à Anvisa a permissão para o início dos testes clínicos da Butanvac, vacina criada pelo Instituto Butantan.
A Versamune foi desenvolvida pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da USP, em parceria com o grupo Farmacore e a PDS Biotechnology Corporation. O fruto deste consórcio rendeu muito assunto na última semana.
A vacina utiliza a tecnologia da "proteína recombinante", ou seja, vem de um pedaço do vírus manipulado em laboratório que, ao entrar em contato com nosso corpo, gera uma resposta do sistema imunológico. Mesmo que o vírus consiga se ligar à célula, o SARS-Cov-2 será combatido pelas células T. Segundo o coordenador da pesquisa no Brasil, a tecnologia foi desenvolvida pelos americanos e adaptada pelos pesquisadores brasileiros.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) solicitou mais informações dos pesquisadores de Ribeirão Preto (SP) para avaliar o pedido de autorização para a realização dos testes 1 e 2 em humanos da vacina Versamune®-CoV-2FC, a mais nova queridinha brasileira, financiada pelo governo federal. Inclusive, a Anvisa informou neste domingo que fez algumas exigências no processo de análise do pedido. A previsão é que os testes durem entre seis e nove meses. Entretanto, a Anvisa não definiu quando sairá o resultado de sua análise.
Existem negociações para que uma fábrica do estado de São Paulo possa adaptar sua linha para produção em grande escala do imunizante.
Sobre as aplicações da nova vacina Versamune, ao que tudo indica, será feita em duas doses, com intervalo de 21 dias entre elas. O esperado é que a Anvisa já esteja analisando o uso emergencial entre janeiro e fevereiro de 2022.
De acordo com o Ministério da Saúde, estão sendo monitorados 17 estudos nacionais de potenciais vacinas contra Covid-19. Nesta semana, os brasileiros receberam a motivadora notícia de que dois desses estudos concluíram a fase de estudos pré-clínicos e solicitaram autorização para iniciar os testes. Uma é a citada Versamune®-CoV-2FC e a outra é a Butanvac.
O Butantan será o principal produtor da Butanvac, outra vacina em potencial, juntamente aos laboratórios do Vietnã e Tailândia. O intuito é que essa vacina seja fornecida para países de renda baixa e média. Sendo assim, o Brasil poderá ter ainda neste ano uma vacina 100% nacional contra a covid-19.
Em nota, o Butantan explicou que usa a técnica de produção da vacina a partir do vírus Newcastle que foi desenvolvido no Mount Sinai. No entanto, a instituição brasileira disse que a maior parte do projeto é nacional.
Há grandes chances de que a Butanvac seja produzida na mesma fábrica que o Butantan utiliza para produzir vacinas contra a gripe. O presidente do Butantan diz que, quando a vacina estiver liberada para uso, o instituto conseguirá produzir 100 milhões de doses por ano. Questionado sobre a possibilidade de fazer testes das fases 1, 2 e 3 em três meses, Covas respondeu que os processos podem ser "encurtados". Já os cientistas e técnicos da Anvisa veem com cautela o cronograma 'otimista' da Butanvac, que prevê a produção da vacina em julho, confirmando que não consideram factível esse prazo.
Esta vacina do Butantan que está sendo proposta incorpora duas tecnologias diferentes, aliando o vírus inativado, da Coronavac, com a modificação genética do vírus, como é feita a AstraZeneca. Mas a promessa é que a vacina em desenvolvimento possa ter uma resposta imune maior que as vacinas atuais.
Mas essa vacina protegerá contra variantes? Aparentemente a vacina pode ser capaz de proteger a população contra a P.1, identificada pela primeira vez em Manaus. Porém, novas variantes poderão surgir no meio do caminho. E, se for necessário, a Butanvac poderá ser adaptada nesses casos.
Ainda não foram divulgados os valores necessários para custear as fases clínicas e a produção da Butanvac. Vale destacar que o Instituto Butantan é o maior produtor de vacinas do Brasil e já fornece a Coronavac, vacina de origem chinesa disponível no Brasil atualmente.
A expectativa é para que ambas as vacinas auxiliem drasticamente na redução de casos e mortes de Covid-19 no Brasil e em outros países, independente de qual for aprovada primeiro.
Enquanto as vacinas nacionais ainda não estão prontas para uso, o Brasil segue aplicando vacinas importadas. De acordo com o balanço da vacinação contra a Covid-19 deste sábado (27) aponta que 15.248.847 pessoas já receberam a primeira dose da vacina contra a Covid-19, ou seja, aproximadamente 7,20% da população.
A situação do Brasil está alarmante e sendo enfrentada lentamente. Já são 65 dias seguidos com a média móvel de mortes acima da marca de mil por dia e mais de 300 mil mortos durante a pandemia, passando a ocupar o segundo lugar entre os países que tiveram mais mortes registradas em um único dia.
Grande parte da população brasileira não respeita as restrições que o governo delimita. No meio de uma pandemia mundial, ainda existem pessoas participando de festas clandestinas, aglomerando e transmitindo o vírus sem o menor senso de responsabilidade.
Prefeituras de várias cidades do Brasil tem feito fiscalizações e aplicado multas para quem descumprir as regras, mas só isso não está sendo suficiente. Algumas cidades precisaram aderir ao lockdown e até mesmo barreiras sanitárias para conter o contágio.
Apesar do cenário caótico do país atualmente, é preciso acreditar que o Brasil está caminhando para uma nova transformação rumo à ciência.
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