Lançado em dezembro, o primeiro edital da Compesa de chamamento público, na modalidade Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) começa a atrair empresas interessadas do setor de energia. A Companhia busca parceiros que queiram realizar estudos e desenvolver soluções que contribuam com a redução dos custos de energia elétrica que, por ano, é de R$ 230 milhões. "Desde a abertura do PMI, quatro empresas já estão em contato conosco e esperamos que até o final do mês mais realizem o cadastramento de estudo", registra o diretor de Novos Negócios, Flávio Coutinho.
"O insumo energia elétrica é bastante significativo para as companhias de saneamento. Os sistemas de abastecimento de água e esgotamento sanitário são responsáveis por cerca de 3% da energia consumida no mundo. No Brasil, a situação não é diferente. Cerca de 98% das companhias brasileiras tem entre seus três maiores custos, as despesas com energia elétrica. Para se ter uma ideia, em 2018, a Compesa foi responsável por 4% da energia consumida em Pernambuco, número maior que os consumos individuais de 177 municípios pernambucanos. Precisamos buscar fontes de energia renováveis e mais baratas para atender a nossa demanda", destaca a presidente da Compesa, Manuela Marinho, lembrando os novos sistemas que começarão a operar como Serro Azul e Alto Capibaribe.
Esse custo pode cair de maneira significativa através da autoprodução de energia. Nesse sentido, ao longo dos anos, a Compesa foi inventariando seu potencial de geração e consumo de diversas fontes de energia. Por outro lado, é notório que o mercado oferece diversas soluções e modelagens de negócios possíveis. Neste contexto, a meta do PMI de Geração de Energia é estimular a iniciativa privada na busca de soluções que permitam o consumo de energia elétrica oriunda de fontes renováveis, seja pela construção de novas ou utilização de usinas já implantadas, através do Ambiente de Contratação Livre (ACL) ou geração distribuída, nos moldes permitidos pelas regulamentações da ANEEL...