Cantada em versos musicais, a parceria entre Juazeiro, na Bahia, e Petrolina, em Pernambuco, representa muito mais uma continuidade do que uma divisa marcada pelo Rio São Francisco. No revezamento da tocha não poderia ser diferente. Nesta quinta-feira (26.05), as duas cidades receberam o símbolo olímpico e se uniram mais uma vez às margens do Velho Chico. Jaguarari e Sobradinho, na Bahia, também fizeram festa para a passagem da chama.
Apesar de separadas por uma ponte de oitocentros metros, o clima foi bem diferente. Enquanto Juazeiro aproveitou o feriado para lotar as ruas, Petrolina ficou pacata. Mas, como sempre na história, coube ao rio São Francisco unir a população que foi para as orlas e recepcionou a chegada da tocha. Com a bandeira do Brasil na mão e um sorriso no rosto, a jornalista Sueli Leal queria aproveitar cada minuto da passagem por Petrolina. "A chama encontrando o Rio São Francisco nos traz dois símbolos: a união dos povos com o esporte e a união das pessoas da região com a força do lugar em virtude do Rio", acredita.
Na terra de João Gilberto e Ivete Sangalo, na Bahia, 30 condutores e 6 quilômetros foram suficientes para animar o público. Mais de 10 mil alunos das escolas municipais de Juazeiro se espalharam pelas ruas e muitos se apresentaram com quadrilhas, fanfarra e forró. Em Petrolina, do cantor Geraldo Azevedo, foram mais de 100 condutores e 21km com histórias de inspiração, como a do estudante de enfermagem Daniel Dias e do educador físico Geraldo Luiz.
Nascido em Salvador, mas petrolinense de coração, Daniel Dias é defensor do tratamento humanizado nos hospitais e integrante da Unidade de Palhaçada Intensiva (UPI), projeto de extensão da Universidade Federal do Vale do São Francisco que ensina a arte clown (palhaço em inglês). Sua dedicação aos pacientes fez com que fosse escolhido para ser um dos condutores da chama olímpica em Petrolina. Sem conseguir dormir na véspera, ele disse sentir um misto de emoções. "Estou nervoso e ansioso pelo momento, mas ao mesmo tempo muito feliz por saber que minha história foi escolhida entre tantas outras", confessa.
Para o estudante de enfermagem, carregar a tocha é um reconhecimento para seguir firme na tarefa que tem como recompensa maior a consideração dos doentes. "É uma via de mão dupla, faço e recebo o bem. O olhar deles é gratificante". Para ele, a tocha vai ensinar, principalmente, o respeito às diferenças entre os povos, o que se assemelha, segundo ele, a uma das funções do palhaço. Daniel brincou, ainda, que a chama vai sair ainda mais quente. "Ela vai ser aquecida pelo calor humano e o sol abundante do semiárido de Petrolina"...
Na manhã desta sexta-feira (27), a reitora do IF Sertão-PE, Leopoldina Veras, acompanhada de pró-reitores, diretores de campi e sistêmicos, recebeu no gabinete da reitoria o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB/PE). A reunião foi realizada como forma de agradecimento à liberação de R$ 1 milhão em verba de bancada, que será utilizado na construção de um bloco de salas de professores no campus Petrolina Zona Rural. Na ocasião, a equipe gestora do Instituto apresentou ao senador algumas demandas estruturais para os campi, reitoria e centros de referência.
A reunião foi iniciada pela reitora Leopoldina Veras, que apresentou os servidores do Instituto e agradeceu ao senador pela liberação da verba de bancada. Em seguida, a diretora do campus Petrolina Zona Rural Jane Perez explicou como será utilizado o recurso. "O campus tem 27 anos e a construção do bloco de sala de professores vai atender as demandas apresentadas pelo Ministério da Educação (MEC), que exige gabinetes individuais para que os docentes possam atuar de forma mais efetiva", destacou ela...
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