A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) acaba de abrir uma consulta pública para avaliar a incorporação de exame que monitora o tratamento de leucemia mieloide crônica (LMC). Existe urgência no tema, pois os pacientes não têm acesso efetivo ao exame PCR, teste molecular que quantifica a resposta ao tratamento da doença, apesar de estar determinado no protocolo desde 2013.
Também conhecido como PCDT, o protocolo recomenda que este exame seja realizado a cada três meses no começo da abordagem terapêutica, e a cada seis meses, quando há uma resposta ótima ao tratamento. Na prática, porém, existe uma dificuldade enorme de garantir o monitoramento dos pacientes com LMC no SUS.
Segundo a Dra. Carla Boquimpani, hematologista do Hemorio, o monitoramento é parte imprescindível do tratamento de qualquer doença e, no caso da LMC, é determinante para avaliar se o paciente está respondendo à medicação ou se é necessário mudar a abordagem. "Além de garantir um direito dos pacientes, a incorporação do exame contribui para redução de custos no sistema de saúde, que podem surgir de quadros de piora súbita, já que o monitoramento permite identificar precocemente se o paciente responde ou não a terapia", completa...