Um dos detalhes que ganha realce na informática dos dias atuais é o uso de uma linguagem própria e simplificada na forma de comunicação entre as pessoas, principalmente no meio dos jovens. Assim, procurei imitar essa prática no texto de hoje e, com o consentimento dos meus leitores, reportar-me à lembrança de dois textos publicados nesse Blog sob o título de “UM BRASIL DIFERENTE-I” (de 04/11/13) e “UM BRASIL DIFERENTE-II” (de 11/11/13), os quais foram frutos das observações feitas em minha terceira visita à Gramado-RS, em 2013, para copiar e colar alguns registros feitos sobre os usos e costumes praticados nessa bela região, cuja visita tenho o prazer de agora estar repetindo pela quarta vez na busca de mais aprendizado. Faço isso porque é triste notar que, decorridos quase três anos e meio, fazendo-se um cenário comparativo, nada mudou nas demais regiões brasileiras, principalmente em nossa querida Bahia, visto que os bons exemplos de civilidade deveriam ser brilhantemente “copiados e colados” sem muito custo, na importação desses princípios educacionais. Por exemplo:
- “É possível imaginar-se a existência de cidades do porte de 40 mil habitantes onde não há semáforos (ou sinaleiras) nos cruzamentos, e ainda assim o trânsito flui com perfeição, porque os motoristas respeitam as placas que indicam a preferência e como devem proceder numa rotatória?
- Onde os motoristas, educadamente, param imediatamente ante o simples ato de alguém pisar sobre a faixa de pedestre?
- Onde ninguém joga qualquer papel ou dejeto de qualquer espécie nas ruas, inclusive as bagas de cigarros, cujo exemplo foi logo seguido por alguns companheiros fumantes do grupo, que caminharam alguns metros para jogar a sua baga no coletor de lixo, o que antes não faziam?
- Onde o atendimento hospitalar funciona bem e chega a reservar apartamentos a pacientes do SUS porque este paciente contribui para um Plano de Saúde criado para este fim por leis municipais, com parcela mensal módica de apenas R$20,00 – o equivalente a três cervejas ou vinte pingas – e assim ele é coparticipante do sistema?
- Aqui entre nós quando o hóspede vai deixar o hotel e pede no balcão para fechar a conta, a primeira coisa que o atendente faz é pedir ao funcionário de apoio que vá ao apartamento para ver o consumo do frigobar e confirmar se está tudo em ordem, enquanto o cliente espera?
- Em Gramado, o nosso grupo estava deixando o Hotel Sky e a recepção apenas perguntou: “Senhor, algum consumo no apartamento”? O hóspede informa se houve ou não, e o atendente, subitamente, passa-lhe o valor da consumação e, após o pagamento, apenas acrescenta um simpático: “obrigado, senhor, e boa viagem”. Como ele tem o hábito de agir com respeito e honestidade nas suas relações acredita que o outro também detém essas qualidades!
- Três dias após o retorno recebo um e-mail do hotel de agradecimento pela visita, e solicitando que indique sugestões que possam melhorar os seus serviços”!
- Que não há registro de crimes com arma de fogo no município? Nem policiais pelas ruas, e as viaturas ficam mais tempo paradas na frente do quartel do que circulando?
Ainda que possa parecer repetitivo, acredito muito naquele adágio popular de que “água mole em pedra dura, tanto bate até que fura”. Assim, é preciso que alguma voz se levante para dizer que é possível tornar realidade esses hábitos e princípios nos demais municípios brasileiros, desde que se incorpore aos currículos do ensino regras básicas e elementares de educação. Estou sonhando? Não... É possível, basta isso passar a ser educação elementar!..