Da terra dos altos coqueiros ecoam sons diversos que vão além do frevo, do xaxado e do baião. Celeiro artístico, Pernambuco sempre despontou no cenário nacional pelo grande número de talentos e pela qualidade desse trabalho, especialmente na música. Contudo, está agora mais evidente a diversidade de estilos e a multiplicidade de novos artistas cujos ecos estão ultrapassando fronteiras sociais como mostra o projeto Camerata Sicredi Vale do São Francisco, desenvolvido pela instituição financeira cooperativa que atua nos municípios de Afrânio, Lagoa Grande, Petrolina e Santa Maria da Boa Vista (Pernambuco) e Curaçá, Jaguararí, Juazeiro e Senhor do Bonfim (Bahia), com o compromisso na vida financeira dos seus associados. "O projeto surgiu da percepção de que muito pouco é feito para controlar problemas de criminalidade e, parte dessa incidência está relacionada à educação. A música requer educação e proporciona essa estabilidade para crianças que estão sendo assistidos pela Funase de Petrolina", diz Nadja Souza, colaboradora da Sicredi.
A iniciativa, pensada e criada pelo presidente do Conselho de Administração da instituição Antonio Vinicius Ramalho Leite com proeminente juiz da Vara da Infância, conscientes das realidades de menores acompanhados pela Fundação de Atendimento Socioeducativo/ Centro de Atendimento Socioeducativo, no município do Vale do São Francisco. A ideia foi moldada em uma Camerata de Cordas, que representa um grupo instrumental de música erudita, cuja formação básica envolve instrumentos como o Violino, Violoncelo, Viola e Violão. "Adquirimos os instrumentos e a Funase reservou uma sala exclusivamente para a realização do projeto. O local passou por um processo de acústica e adequação para uma sala de aula de música, onde meninos com menos de 19 anos têm aula de teoria, a prática do instrumento de corda e solfejo, que contribui na evolução musical desenvolvendo a percepção auditiva através do ritmo, da melodia e da afinação", comenta Souza...