Nos bons tempos que marcaram várias gerações, e fizeram a alegria quase ingênua de muitos sorridentes nordestinos, a tradição cultural das Quadrilhas enchia de beleza e encanto os festejos de S. João na maioria das cidades do interior e em algumas capitais do Nordeste. Hoje, apenas algumas cidades como Caruaru e Campina Grande, e algumas outras poucas cidades, profissionalizaram esse tipo de festa regional com quadrilha presente como item turístico principal - e isso é bom porque preserva a cultura -, enquanto a geração atual pouco conhece ou só vê em “flashes” isolados da televisão, neste período de junho!
Lembro-me com certa nostalgia dos bons e saudosos tempos de Uauá, em que logo após a novena ao Padroeiro, o povo, disciplinadamente, já se postava em torno da quadra para o “Concurso de Quadrilha”, onde concorriam escolas e colégios da sede e do interior, todos imbuídos de uma pura vibração em defesa do nome da sua escola. Somente após anunciado o resultado da sadia competição pela Comissão Julgadora, a primeira banda se preparava para o início do forró junino da noite, que se prolongava até a Alvorada das 05:00h da madruga, aí já abrindo o novo dia. Dentro desse harmonioso clima o São João era marcado por intensa animação durante 10 dias, ou seja, de 15 a 24 de junho!..