Espaço do Leitor: Morador de Juazeiro reclama da interdição de ruas próximas ao Circuito do Carnaval

Prezado Geraldo José,
 
Boa tarde!
 
Há dias venho questionando sobre os critérios utilizados pelo poder público municipal, para interdição de ruas e desvio de fluxo de veículos em Juazeiro durante eventos festivos nesta cidade, e mais precisamente, em período de carnaval.
Como é sabido por todos o período festivo oficial vai de 09/02/2017 (quinta-feira), à noite, quando é oficialmente aberto os festejos, e termina no dia 12/02/2017 (domingo). Diante disso trago aqui algumas considerações sobre a comunidade em que vivo, e em particular, a rua onde resido.

Por quê as ruas 15 de novembro (Pça do Boi) e a orla (esquina do Centro diocesano) estão interditadas desde o dia 07/02 (terça-feira)? Essa decisão acabou forçando o fluxo de veículos a convergirem, e se concentrarem, na rua Profº Luiz Cursino, ficando a mesma como única via de escoamento de veículos para os moradores que residem ou transitam nos bairros Cajueiro, Centenário, São Geraldo, e até mesmo nas ruas e avenidas centrais, como Avenida Flaviano Guimarães, Praça Simões Filho e demais ruas transversais, e cujos veículos transitam com destino ao centro da cidade.

Essa decisão tornou a convivência na rua Luiz Cursino um caos, pois, a mesma não suporta tal fluxo, haja vista que é via de mão única, estreita e sem pavimentação asfáltica (aliás gostaria que alguém do poder público informasse porque a mesma, juntamente com a rua Cesário da Silva e Canta Galo, até hoje não estão asfaltadas, haja vista que as demais no seu entorno estão). Para piorar a situação a Prefeitura Municipal, através da Companhia de Segurança, Trânsito e Transportes (CSTT) antes de determinar o bloqueio das ruas adjcentes deveria fazer um estudo de viabilidade e fluidez da via escolhida para dar vazão ao tráfego; o que não foi feito, e contatar com a Secretaria de Serviços Públicos (SESP) para auxiliar na gestão do processo.
 
Nesta semana o que mais vimos foram tráfego lento, congestionamentos, desordem no trânsito, atrasos, pessoas estressadas; uma insatisfação geral, tanto pelos moradores, como por parte dos que transitam por aqui.

Esta semana, após 5 (cinco) dias de reclamaçõres  e solicitações por parte dos moradores para conserto de um buraco na rua, e diante da iminência de acidentes e conflito ainda maior é que hoje, 09/02/2017 (quinta-feira), o órgão público municipal resolveu consertar de forma paleativa o buraco existente no calçamento, que forçaram os condutores a transitar com seus veicúlos por dentro desse, ou subindo na calçada, aumentando a gravidade do problema, e os riscos de acidentes, pois as pedras soltas (paralelepípedos) poderiam ser açoitadas pelas rodas dos veículos causando danos graves ao patrimônio privado dos propriterários de veículos estacionados na rua , ou ainda pior, à integridade física dos transeuntes. Se não fossem as reclamações recorrentes de nós moradores da rua o problema estaria existindo de forma ainda mais grave, pois, foi feito apenas um paleativo.

Entendo que dentro do circuito, à noite,  onde acontecem os festejos é necessário um bloqueio e a reserva do espaço público para que ele aconteça, com segurança para os que dele participam, mas durante o dia não. As pessoas trabalham, levam seus filhos para a escola, comercializam, resolvem seus problemas, e necessitam das vias públicas livres para isso.

Aí questiono: Por quê continuamos a sofrer com esses problemas? Por quê os gestores responsáveis não se qualificam para elaborar e gerenciar projetos públicos? Por quê quando há intervençoes como essas não se ouve os moradores? Por quê a interdição das ruas não acontece somente no período de festa? Por quê a orla precisa ficar fechada durante o dia, se o  motivo anterior pata isso era a necessidade de um posto policial (necessário), e que neste carnaval, o mesmo funcionará na rua Fernandes da Cunha?

É preciso repensar muita coisa em Juazeiro, pois os cidadãos que não ganham e só pagam impostos, sofrem e vêm seu direito constitucional de ir e vir ser cerceado, em detrimento da política de se fazer festa onde não há estrutura para isso.
 
Um fraternal abraço, 
 
Roberto Aquino 
Engº Agrônomo e Consultor Organizacional
(74) 9 8864-6570