Espaço do Leitor: Morador de Juazeiro reclama da interdição de ruas próximas ao Circuito do Carnaval

09 de Feb / 2017 às 17h40 | Espaço do Leitor

Prezado Geraldo José,
 
Boa tarde!
 
Há dias venho questionando sobre os critérios utilizados pelo poder público municipal, para interdição de ruas e desvio de fluxo de veículos em Juazeiro durante eventos festivos nesta cidade, e mais precisamente, em período de carnaval.
Como é sabido por todos o período festivo oficial vai de 09/02/2017 (quinta-feira), à noite, quando é oficialmente aberto os festejos, e termina no dia 12/02/2017 (domingo). Diante disso trago aqui algumas considerações sobre a comunidade em que vivo, e em particular, a rua onde resido.

Por quê as ruas 15 de novembro (Pça do Boi) e a orla (esquina do Centro diocesano) estão interditadas desde o dia 07/02 (terça-feira)? Essa decisão acabou forçando o fluxo de veículos a convergirem, e se concentrarem, na rua Profº Luiz Cursino, ficando a mesma como única via de escoamento de veículos para os moradores que residem ou transitam nos bairros Cajueiro, Centenário, São Geraldo, e até mesmo nas ruas e avenidas centrais, como Avenida Flaviano Guimarães, Praça Simões Filho e demais ruas transversais, e cujos veículos transitam com destino ao centro da cidade.

Essa decisão tornou a convivência na rua Luiz Cursino um caos, pois, a mesma não suporta tal fluxo, haja vista que é via de mão única, estreita e sem pavimentação asfáltica (aliás gostaria que alguém do poder público informasse porque a mesma, juntamente com a rua Cesário da Silva e Canta Galo, até hoje não estão asfaltadas, haja vista que as demais no seu entorno estão). Para piorar a situação a Prefeitura Municipal, através da Companhia de Segurança, Trânsito e Transportes (CSTT) antes de determinar o bloqueio das ruas adjcentes deveria fazer um estudo de viabilidade e fluidez da via escolhida para dar vazão ao tráfego; o que não foi feito, e contatar com a Secretaria de Serviços Públicos (SESP) para auxiliar na gestão do processo.
 
Nesta semana o que mais vimos foram tráfego lento, congestionamentos, desordem no trânsito, atrasos, pessoas estressadas; uma insatisfação geral, tanto pelos moradores, como por parte dos que transitam por aqui.

Esta semana, após 5 (cinco) dias de reclamaçõres  e solicitações por parte dos moradores para conserto de um buraco na rua, e diante da iminência de acidentes e conflito ainda maior é que hoje, 09/02/2017 (quinta-feira), o órgão público municipal resolveu consertar de forma paleativa o buraco existente no calçamento, que forçaram os condutores a transitar com seus veicúlos por dentro desse, ou subindo na calçada, aumentando a gravidade do problema, e os riscos de acidentes, pois as pedras soltas (paralelepípedos) poderiam ser açoitadas pelas rodas dos veículos causando danos graves ao patrimônio privado dos propriterários de veículos estacionados na rua , ou ainda pior, à integridade física dos transeuntes. Se não fossem as reclamações recorrentes de nós moradores da rua o problema estaria existindo de forma ainda mais grave, pois, foi feito apenas um paleativo.

Entendo que dentro do circuito, à noite,  onde acontecem os festejos é necessário um bloqueio e a reserva do espaço público para que ele aconteça, com segurança para os que dele participam, mas durante o dia não. As pessoas trabalham, levam seus filhos para a escola, comercializam, resolvem seus problemas, e necessitam das vias públicas livres para isso.

Aí questiono: Por quê continuamos a sofrer com esses problemas? Por quê os gestores responsáveis não se qualificam para elaborar e gerenciar projetos públicos? Por quê quando há intervençoes como essas não se ouve os moradores? Por quê a interdição das ruas não acontece somente no período de festa? Por quê a orla precisa ficar fechada durante o dia, se o  motivo anterior pata isso era a necessidade de um posto policial (necessário), e que neste carnaval, o mesmo funcionará na rua Fernandes da Cunha?

É preciso repensar muita coisa em Juazeiro, pois os cidadãos que não ganham e só pagam impostos, sofrem e vêm seu direito constitucional de ir e vir ser cerceado, em detrimento da política de se fazer festa onde não há estrutura para isso.
 
Um fraternal abraço, 
 
Roberto Aquino 
Engº Agrônomo e Consultor Organizacional
(74) 9 8864-6570

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