A Nordhaus Cervejaria Gastronômica se comprometeu hoje (12) com o Ministério Público da Bahia (MP-BA), a preservar a integridade do prédio onde funciona, que integra o patrimônio histórico e cultural do município de Juazeiro, durante a execução das obras de implantação de painéis fotovoltaicos no edifício.
No acordo firmado com o promotor de Justiça Alexandre Lamas da Costa, a empresa se comprometeu a sanar as irregularidades detectadas pelo Conselho Municipal de Cultura (CMC), pela Secretaria de Meio Ambiente e Ordenamento Urbano de Juazeiro e pela 12ª Promotoria de Justiça de Juazeiro na obra de implantação dos painéis.
Em agosto, após o início da instalação das placas placas fotovoltaicas no empreendimento, a Comissão Permanente de Patrimônio e Memória do Conselho Municipal de Cultura de Juazeiro entrou com uma representação no Ministério Público e enviou ofício ao gestor da Semaurb afirmando que a intervenção “traz gravíssimas consequências para o monumento, que mais uma vez sofre com recorrentes descaracterizações”. No documento, a comissão pediu o “embargo imediato da obra”, e a “verificação dos atos de autorização e projetos técnicos da obra em questão, na Secretaria, que demonstrem a regularidade da obra”.
Entretanto, sendo o MP-BA, a cervejaria assumiu o compromisso de respeitar os projetos aprovados pela CMC e pela Secretaria, minimizando os impactos visuais no imóvel histórico, “devendo adotar uma matriz de cor neutra tendente ao cinza e que seja de aspecto fosco, com escolha final a ser feita ao término da intervenção, com a participação da CMC”.
O MP levou em consideração que o prédio onde atualmente funciona o centro gastronômico abrigava as antigas oficinas da Franave, sendo bem protegido por lei municipal pelos “seus valores artísticos, históricos, paisagísticos e por sua representatividade cultural”. De acordo nota técnica expedida pela CMC a pedido do MP, “o projeto inicialmente apresentado altera, adultera e distorce a relação do bem com observadores e observadoras, além de interferir negativamente na construção, sedimentação das narrativas e histórias da cidade”, o que foi constato por registros fotográficos realizados pelo promotor de Justiça Alexandre Lamas, que “evidenciam que a estrutura em implantação descaracterizaria totalmente o imóvel protegido”.
Da Redação RedeGN
4 comentários
12 de Nov / 2021 às 22h45
Comecem a perseguir o empresário, gerador de empregos, e ele se sinta perseguido e instale a sua empresa em Petrolina. Isso que vocês, falsos moralistas, querem!!! PS: Não o conheço e nunca frequentei o espaço, quem sabe um dia irei ter o prazer degustar os seus produtos.
13 de Nov / 2021 às 01h44
Poderiam ao invés de mexer na estrutura do prédio histórico, colocar essa estrutura metalica no pátio lateral do prédio que já serve de estacionamento para os clientes, fazer uma cobertura e colocar as placas por cima, seria uma solução lógica, além de ter como gerar a própria energia ainda ofereceriam estacionamento coberto.
13 de Nov / 2021 às 17h22
Depois que sentiram o poder da chuva adentrando o espaço resolveram se adequar. Empresário tem que fazer o que é certo e não o que ele quer, foi muito imprudente e sem ética com a história da cidade
13 de Nov / 2021 às 20h14
É preciso ter cuidado com nosso patrimônio histórico, a Prefeitura está logicamente de parabéns, é preciso manter a harmonia arquitetônica do imóvel, o respeito histórico, e qualquer intervenção deveria ser combinada, conversada e devidamente autorizada, para evitar esse tipo de situação. Até Ministério Público teve que ser acionado.