Nem a mão e a luva, tão pouco a panela e a tampa, sequer, o sono e a cama, fariam um casamento tão perfeito quanto Neto e o violão, onde o primeiro era a sede o segundo a água.
São dois anos sem Neto, sem emoção e sem violão, embalando a canção. Dois anos sem os dedos mágicos de desempenho incomparável e magia imensurável, pois, Neto não participava de nenhum espetáculo, ele era o próprio espetáculo.
É como se fosse Pelé e a bola, Garrincha e o drible, o palhaço e o riso, assim era Neto e o violão, um e outro tratados com dengo e zelo, um amante o outro amado.
Dois anos sem Neto, empobrecidos, musicalmente, porém com a rica lembrança de um menestrel que fez da musica fonte de sua vida. Hoje estamos com sede, pois, estamos sem Neto para nos embriagar com sua viola e sua musicalidade.
Tony Martins
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