Nesta quarta-feira (8) durante programa em uma emissora de Petrolina, uma dona de casa reclamou de aumento constante no valor da cesta básica em Petrolina e Juazeiro. "Todo mês assistimos o aumento dos preços de alimentos". Segundo ela em alguns estabelecimentos, até os preços de produtos não relacionados ao combate ao coronavírus sofrem aumentos abusivos.
Nas redes sociais várias pessoas comentam que ao reconhecer a calamidade pública relacionada ao coronavírus, já havia notícias de reajustes de até 70% em produtos de necessidade básica nos supermercados. Esses aumentos repentinos nos preços não se justificam pela elevação dos custos desses produtos, mas pelo oportunismo inescrupuloso de poucos.
O Código de Defesa do Consumidor deve ter uma resposta.
A reportagem da redeGN apurou que o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) apresentou projeto que altera o Código de Defesa do Consumidor e a lei que define crimes contra a ordem tributária, econômica e contra as relações de consumo (Lei 8.137, de 1990) para estabelecer sanções penais e econômicas para o aumento abusivo no preço de produtos como o que tem ocorrido nos últimos dias devido ao coronavírus. O projeto determina pena de 2 a 5 anos de reclusão e multa para quem praticar esse tipo de crime (PL 771/2020).
De acordo com dados apresentados por Randolfe, o preço do álcool em gel de marca popular, por exemplo, aumentou de R$ 16,06, em 27 de fevereiro, para R$ 41,99. Para ele, a conduta, além de repulsiva, é ilegal e configura prática abusiva.
"Isso ocorre devido à imprecisão dos termos no Código de Defesa do Consumidor e também pela fragilidade da sanção a ser aplicada pelo descumprimento. A elevação que queremos coibir é aquela que representa um aumento na margem de lucro não por otimização dos processos de aquisição, armazenamento, distribuição e venda de produtos, mas por mero aproveitamento de necessidade social ocasionado pela crise de abastecimento", afirma.
Redação redeGN
4 comentários
08 de Jul / 2020 às 21h37
Boa noite. Realmente, tem cartel funcionando, pude constatar alguns produtos com os mesmos preços, sejam nas redes dos maiores supermercados quanto nos de porte médio.
09 de Jul / 2020 às 09h08
Na contra mão de outros países o brasileiro sempre querendo levar vantagem sobre a necessidade do outro, é triste vê que na situação que estamos vivendo empresas so visem o aumento dos seus lucros. Cadê os orgãos fiscalizadores(PROCON).
09 de Jul / 2020 às 09h17
Sou proprietário de um pequeno comércio varejista no ramo de alimentos. Falar em cartel neste ramo extremamente competitivo ou argumentar aumento injustificável é um total desconhecimento de causa. Só vou citar 2 motivos entre outros, o auxílio emergencial e auxílio merenda dos estados impulsionaram a demanda no setor alimentício, muitos fornecedores pararam ou reduziram o quadro de funcionários nas fábricas, automaticamente a lei da demanda e oferta faz os preços subirem. Outro fator é que o país está imprimindo o dinheiro que não tem para amenizar a crise econômica, isso gera inflação.
09 de Jul / 2020 às 16h42
EM RELAÇÃO AOS SUPERMERCADOS QUE ESTÃO COBRANDO OS PREÇOS ABUSIVOS TEM QUE CITAR QUIAS SÃO ESSES SUPERMERCADOS PARA O CONSUMIDOR NÃO IR MAS COMPRAR NESSES LUGARES.