Tem crescido bastante, em todo país, grupos que se autodenominam, os “brasileiros decentes”, e que dizem representar as “pessoas de bem”. Isso é o que mais se tem lido e ouvido ultimamente. O interessante é que nem disfarçam, já que muitos são conhecidos e suas atitudes não são condizentes com o que tentam passar. Apresentam uma imensa indignação, porém, movida pelo ódio e não pela ética, são contrários aos corruptos e à corrupção; até ai, tudo bem, o problema é que são contra a corrupção dos outros, do lado oposto. Procuram legitimar a imagem de autênticos paladinos da moralidade, os perfeitos cidadãos cumpridores dos seus deveres e obrigações, os únicos pagadores de todo tipo de tributo (impostos, taxas, contribuição de melhorias e outros...), obedientes às normas de trânsito, cumpridores das Leis trabalhistas e contribuições sociais, respeitadores das filas de bancos, estacionamentos proibidos etc. Enfim, os verdadeiros seguidores das normas jurídica e moral.
Na verdade, o que se observa é que essa simulação desleal e imprudente, de parte desses personagens, que se apresentam como “concierges e guardiões” das boas ações e costumes, promotores das boas relações familiares, conservadores do patrimônio público ou privado, físico ou moral, incita e impulsiona as atitudes odiosas e agressivas, a intransigência, a fúria, a divisão.....