Estamos terminando o Outubro Rosa, mês de luta e prevenção contra o câncer de mama, luta que deve continuar o ano inteiro com iniciativas para esclarecer as mulheres sobre a importância do diagnóstico precoce e o cuidado com a saúde. Foi compreendendo a relevância desse tema para nós, mulheres, que aceitei o convite da articuladora social Katussia Almeida e da professora Andréa Cristiana Santos para produzir o jornal “Amigas do Peito”.
A produção jornalística conta a trajetória de cinco mulheres que tiveram câncer de mama e traz um conteúdo lúdico e educativo com informações sobre conscientização e o autocuidado relacionado ao câncer de mama para mulheres de todas as camadas sociais. Como futura jornalista, percebi a necessidade de divulgar informações contextualizadas sobre o tema como o direito à saúde e defender políticas públicas para assistência médica.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), se a doença for descoberta na fase inicial pode ter 95% de possibilidade de cura. Por isso, é importante fazer o autoexame e a mamografia no período indicado pelo médico, bem como devem ter acesso à rede hospitalar que oferece serviços pelo Sistema Único de Saúde e a rede de acolhimento para as mulheres.
Com essa proposta, o jornal Amigas do Peito tem o objetivo de ajudar as mulheres a romper com o medo em relação aos procedimentos médicos e a estimular a autoestima das mulheres que, muitas vezes, sentem os impactos do tratamento. Conviver com as histórias dessas mulheres me ensinou muitas coisas como: o verdadeiro significado de luta e perseverança, pois mesmo diante da doença nunca perderam a fé e vontade de viver. Elas abriram as portas das suas casas e contaram suas histórias nos dando a oportunidade e o dever de fazer com que essas informações possam alcançar o maior número de mulheres possíveis de uma forma positiva, diferente do que era feito há dez anos pela mídia, geralmente com ênfase nos impactos mais danosos da doença.
Fazer este jornal não foi fácil, pois, para tratar de um assunto tão delicado como esse, requer compromisso ético, estudo, empatia, amor e respeito às vivências dessas mulheres. Foi dessa forma que me propus a abordar o tema, procurando trazer uma abordagem humanizada e humanizadora a respeito do câncer de mama.
Percebo cada vez mais a importância de desmistificar que o câncer é sentença de morte, fazendo com que as mulheres percebam a importância do autocuidado com a saúde sem medo de procurar assistência médica, passo importante para a cura da doença. É isso que as histórias de Rosimeire, Maria do Carmo, Maria Aparecida, Emmanuela e Adriana nos ensinam: a desenvolver o autocuidado com a saúde, o conhecimento sobre o próprio corpo e ter fé na cura.
O que essas mulheres têm em comum, apesar de terem origem social e histórias de vida diferentes? Elas nos incentivam a superar as dificuldades e nos inspiram a valorizar a vida. Gratidão a essas mulheres por nos contar as suas histórias e compartilhar cada momento vivido. Gratidão a Katússia Almeida, incentivadora deste projeto, e a Giúllian Rodrigues que desenvolveu o projeto gráfico e a diagramação do jornal.
Convidamos todos vocês a conhecerem as Amigas do Peito. Divulguem e compartilhem essas histórias. Leiam o jornal no blog MultiCiência e no formato PDF.
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