São tantas as tragédias registradas nos últimos tempos, marcadas por um rastro de destruição de áreas florestais e urbanas das cidades, o que tem provocado intensa dor, tristeza e morte a milhares de pessoas que, de repente, muitas perguntas e indagações são produzidas na busca de uma explicação para uma nova realidade que está sendo escrita. É vasto o universo de questionamentos quanto às suas causas, que tanto podem estar vinculadas a atitudes e intervenções inconsequentes do próprio ser humano, como a uma fúria da natureza que foge à capacidade de entendimento das pessoas comuns! Naturalmente que espiritualistas devem estar direcionando seus estudos e reflexões para encontrar explicações comparativas em episódios análogos dos tempos bíblicos, em que pragas e outros tipos de destruição atingiam os povos como uma forma de punição ou mesmo como uma condenação Divina pela desobediência dos povos de então.
Alguns lembrarão que após o Dilúvio que destruiu quase totalidade dos seres viventes nos primórdios dos tempos bíblicos, Deus firmou com Noé um novo pacto: “Estabeleço a minha aliança convosco: não será mais destruída toda carne por águas do dilúvio, nem mais haverá dilúvio para destruir a terra. [...] Porei nas nuvens o meu arco; será por sinal da aliança entre mim e a terra”. (Gênesis 9:11 e 13). Ainda que os céticos insistam em não aceitar esse fato bíblico, o Arco-Íris nas nuvens durante cada tempestade parece repassar a convicção de ser uma forma de autenticar a assinatura Divina e lembrar ao homem que a Aliança permanece indelével. Ou seja, que a Palavra do Criador está sendo cumprida. E quanto mais dúvidas tiverem, mais Ele vai provar que a Natureza merece respeito!
Contando um pouco da história aos mais jovens e ativando a memória dos meus contemporâneos, lembro aqui algumas tragédias naturais passadas e recentes que podem conduzir a uma breve análise quanto aos motivos de tão elevado número de catástrofes históricas:
1- Peste Negra na Europa e Ásia entre 1347/1351, bactéria que dizimou 50 milhões de pessoas;
2- Terremoto de Shaanxi, na China, em 1556, com 830 mil mortos ou cerca de 60% da população;
3- Terremoto em Portugal, em 1755, que quase destruiu a capital Lisboa e que se estima entre 10.000 e 90.000 mortos;
4- Erupção do Vulcão Tambora, na Indonésia, em 1815, classificada como a pior erupção vulcânica do mundo, com 200 mil mortos;
5- Epidemia do vírus Influenza, em 1918/1919, chamada de Gripe Espanhola e que matou 40 milhões de pessoas;
6- Tsunami no Oceano Índico, na Indonésia, em 2004, que atingiu 14 países e matou 230 mil pessoas;
7- Furacão Katrina, que atingiu os Estados de Louisiana, Mississipi e Flórida (EUA), matou 1.836 pessoas, mas 1,5 milhões de pessoas foram
violentamente afetadas;
8- Coronavírus, na China, 2020, praga da atualidade!
Esses oito registros podem ser insignificantes diante do volume global de tantas calamidades históricas, contudo, servem para ilustrar os flagelos que fogem ao controle do homem, em paralelo àqueles desastres ambientais que foram causados com a sua participação direta ou indireta, como os incêndios da Amazônia e da Austrália, rompimento de barragens, acidentes em usinas nucleares, vazamento de óleo no mar, etc.
Bem, não tenho essa pretensão de convencer ninguém e nem estou aqui para assumir postura profética e, assim, o entendimento e a interpretação dos fatos trágicos do dia a dia é um direito livre e muito pessoal. Mas, é conveniente e impositivo não fechar os olhos à possível reação enfurecida e incontrolável de uma natureza que se rebela contra a prepotência e a incredulidade do homem, que a cada dia que passa só piora como ser humano, e os exemplos estão aí nas mais variadas páginas de todos os jornais.
Autor: Adm. Agenor Santos, Pós-Graduação Lato Sensu em Controle, Monitoramento e Avaliação no Setor Público - Aposentado do BB - de Salvador-BA.
8 comentários
02 de Feb / 2020 às 23h37
Muito pertinente sua mensagem, e veja que está acontecendo no norte da África uma praga com milhões de gafanhotos na Etiópia e países vizinhos que está levando fome e desespero a milhões de pessoas. Se a calota polar continuar derretendo e a água dos oceanos subir 0,40 cm milhares de cidades costeiras serão inundadas e os prejuízos serão trilionários! Quem agride a natureza será muito castigado! (Alagoinhas-BA).
02 de Feb / 2020 às 23h39
Parabéns. Excelente reflexão! (Salvador-BA).
02 de Feb / 2020 às 23h45
De primeiro a China era tão longe que quando alguém nos aborrecia a gente mandava ela pra lá. O Artigo é oportuno e atual dentro da realidade vivida agora nesse mundo globalizado. Que a humanidade seja abençoada contra as antigas e as atuais pragas e tragédias da vida, esse é o meu desejo.
02 de Feb / 2020 às 23h51
Mais uma vez você me surpreende com a sua indiscutível capacidade de vaticinar as tragédias atuais numa comparação autêntica de fatos que vem ocorrendo no mundo todo. Por esse motivo, temos que nos curvar e suplicar ao Grande Arquiteto do Universo para nos proteger e abençoar a todos os humanos principalmente os incrédulos. QUE DIOS NOS BENDIGA. (Manaus-AM)
03 de Feb / 2020 às 00h03
Algumas provocadas pelos humanos. Infelizmente são cíclicos e servem para nos mostrar que quem manda é Deus. Basta Ele querer. (Salvador-BA).
03 de Feb / 2020 às 09h26
A crônica desta semana elenca uma série de fatos que passam despercebidos por uma parcela da população preocupada com os acontecimentos atuais, parte dela por desconhecer o passado que poderia servir como base ou parâmetro, já que não encontram respostas concretas das perguntas, indagações, questionamentos ou mesmo explicações que o estudioso, como os espiritualistas, não tem. >>> Continua>>>
03 de Feb / 2020 às 09h28
>>> Continuação>>> Bem que poderíamos refletir loja virtual sobre o pacto firmado entre o Criador e Noé (Gênesis 9:11 e 13), citado por você. Daí, sem a consciência necessária, o “Bicho Homem” continua a praticar as atrocidades que assistimos diariamente, restando a natureza manifestar-se e demostrar a sua indignação por tudo aquilo lhe impõe, cobrando exemplarmente de tudo e de todo o universo, doa a quem doer.
03 de Feb / 2020 às 09h56
Com certeza o cronista nos oferece um alerta comedido e criterioso sobre os problemas advindos da fúria da natureza e que são agravados pelos erros que o homem cometem . Infelizmente, as posições muitas vezes se tornam antagônicas e transbordam a beira da racionalidade atingindo o embate ideológico. De ambos os lados. Precisamos de mais cuidado e critérios mais adequados. Esta velha mãe terra merece nosso carinhoso cuidado. Para que continue a nos brindar com o espetáculo da natureza. FOZ DO IGUAÇU