A presidente Dilma Rousseff cogitou se desfiliar do PT e organizar um governo suprapartidário em dezembro do ano passado, segundo a Folha de S. Paulo. O auge do desgaste entre o Palácio do Planalto e a direção do partido teria acontecido em meio às sessões do Conselho de Ética da Câmara para decidir se teria sequência o processo que pode levar à cassação do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB). O Planalto queria que os três deputados do PT que integram o colegiado votassem contra o andamento do processo, para evitar que Cunha acatasse um dos pedidos de impeachment contra Dilma. No entanto, o presidente da sigla, Rui Falcão, pressionou os parlamentares a votarem contra o presidente da Câmara.
A crise econômica e política, além dos desdobramentos da Operação Lava Jato já haviam desgastado a relação entre as duas partes. Dirigentes petistas apontavam inclusive que a presidente era a responsável por "afundar" o partido. Ainda segundo a Folha de S. Paulo, a desfiliação de Dilma do PT foi discutida dentro do Planalto, mas ela avaliou que a decisão poderia provocar o seu isolamento e desistiu da opção. Apesar disso, o governo e o PT seguem mais afastados atualmente do que há um ano.
AG. ESTADO
2 comentários
01 de Feb / 2016 às 18h09
Inteligentíssima presidente: A senhora deve deixar é o país. E de mãos dadas com o Pai dos Pobres, que mora em Triplex. Vocês se queimaram e queimaram o PT também. Chega de comunistas bolivarianos, corruPTos e quadrilheiros. O Brasil quer voltar a ser feliz, sem o dinheiro sujo de vocês.
01 de Feb / 2016 às 20h37
Melhor e mais recomendável seria o PT pensar na campanha presidencial de 2022. A de 2018 já era! Se o comissário Rui Falcão estiver realmente falando a verdade (o que sempre se duvida), o fato de não ter plano B para a sucessão de Dilma, sendo Lula "o plano A para o PT em 2018", torna complicadíssima a situação do partido-seita. Por necessidade e falta de alternativa, Lula pode até ser candidato novamente. O único probleminha é que a desmoralização, facilmente medida em altos graus de impopularidade e rejeição nunca antes vistos, inviabiliza qualquer chance de "vitória na guerra".