O Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco expressou sua solidariedade aos cidadãos e cidadãs baianos atingidos pelas chuvas no Estado.
Para o presidente do Comitê, Maciel Oliveira, “o momento é de solidarizarmo-nos com as milhares de famílias que perderam tudo e que se encontram em situação de vulnerabilidade extrema”.
São 66 cidades na lista de municípios em situação de emergência por causa das chuvas que atingem o Estado desde o início de dezembro, mais de 11 mil desalojados e mais de 20 mortos.
Confira:
NOTA PÚBLICA DO CBHSF SOBRE AS ENCHENTES NO ESTADO DA BAHIA-O COMITÊ DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO SÃO FRANCISCO vem por meio desta nota públicaexpressar sua solidariedade aos cidadãos e cidadãs das dezenas de municípios baianos que chegaram a decretar estado de emergência devido às chuvas que voltaram a atingir o Estado. Nós lamentamos profundamente as 20 mortes ocorridas em decorrência deste que é considerado o maior desastre que a Bahia enfrenta em toda a sua história.
Estamos consternados com a situação da região Sul da Bahia, a mais afetada pelas chuvas, e pelas suas mais de 11 mil pessoas desalojadas. Preocupa-nos também a situação dos ribeirinhos, principalmente os que estão na região dos rios Paramirim e Verde e Jacaré, importantes afluentes do rio São Francisco, localizados no Sertão Baiano. O nível de água do Rio São Francisco também tem aumentado consideravelmente. Em Bom Jesus da Lapa, o leito do rio já subiu cerca de 7 metros
no ponto de monitoramento situado na Barrinha, onde são feitas as leituras para Companhia Hidrelétrica do São Francisco (CHESF), em Sobradinho.
Levando em consideração essa realidade que assola o povo brasileiro ano após ano, em todas as regiões do Brasil, fazendo vítimas fatais, causando perdas materiais, submetendo a população a essas situações de calamidade, expondo-a a epidemias advindas das condições de insalubridade, da falta de saneamento básico e do descaso dos governos, afirmamos que é urgente a adoção de medidas estratégicas, principalmente para obras de prevenção para que os efeitos destas catástrofes sejam minimizados. O planejamento deve, sobretudo, levar em conta as condições sociais e ambientais necessárias de forma a garantir a preservação das áreas de risco e de proteção ambiental na ocupação demográfica.
O Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco insiste na necessidade do governo em incorporar as preocupações socioambientais de fato à sua gestão. Reiteramos que o povo brasileiro não pode mais viver de políticas paliativas ou de ações baseadas apenas no imediatismo.
José Maciel Nunes de Oliveira-Presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco
1 comentário
29 de Dec / 2021 às 12h27
De que sevem notas de solidariedade ou de repúdio? Só para aplacar o sentimento de culpa e afirmar que os autores das mesmas não são omissos. Na prática, nada.