Sem ser citada nas investigações da Carne Fraca, Bahia pode sair beneficiada, avalia Faeb
A Operação Carne Fraca, que desnudou um esquema de fraude na fiscalização da liberação de carnes para venda, montado por fiscais do Ministério da Agricultura e empresas do setor, não teve empresas baianas entre as 21 investigadas pela Polícia Federal. Para o vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (Faeb), Humberto Miranda, este fato pode, em certa escala, beneficiar o estado no âmbito nacional dos produtores agropecuários. De acordo com ele, a Bahia possui um dos maiores rebanhos bovinos do país e coloca no mercado, tanto nacional quanto internacionalmente, produtos de qualidade. “A Bahia coloca produtos como frango e carne bovina nos principais mercados internacionais.
Ainda bem que não tivemos problema na área na Bahia. Isso, de certa forma, protege a imagem do setor. Sem dúvidas, os estados não envolvidos acabam se fortalecendo, ficam protegidos”, afirmou Martins em entrevista ao Bahia Notícias. Segundo o vice-presidente da entidade, a Faeb tem se preocupado atualmente em proteger os produtores baianos. De acordo com ele, há muitos boatos circulando, principalmente nas redes sociais, sobre os métodos de produção adotados por eles, e as especulações precisam ser combatidas. “O produtor pode ser envolvido numa questão em que somos vítima. Estamos tendo nosso produto colocado em xeque. Chega nas redes sociais e nas mídias boatos, por exemplo, de que os frigoríficos aproveitam animais mortos. Isso é folclórico. Os animais entram no frigorífico através de inspeção ‘ante mortem’, para saber se ele ainda está vivo. Essa possibilidade é completamente impossível”, rebateu. Ainda segundo Miranda, o consumidor pode ficar tranquilo quanto à compra da carne produzida no país...