No primeiro mês do novo governo, o cenário político-administrativo que se apresenta à avaliação crítica dos brasileiros, sugere a existência de uma perceptível gama de intensas preocupações que dominam alguns segmentos - fato mais que natural -, e em outros um perfil mais reflexivo e de reações ainda latentes, como se propondo recordar as palavras do sábio Salomão, de que para “tudo tem o seu tempo determinado” (Eclesiastes 3-1). Também no nível dos analistas há uns com ímpetos de pouca moderação, intolerância, e inusitada pressa na solução dos graves problemas que afligem o país, nem sempre ocultando a pressão ideológica que os inspiram. É óbvio que são muitas as situações que reclamam uma ação governamental efetiva, as quais, ou não foram atacadas com determinação pelos governos anteriores, ou foram encaminhadas de forma inadequada. O inadmissível é pretender que uma equipe que ainda está olhando onde pisa, consciente que há muita areia movediça no seu entorno, tenha competência para resolver tudo em tão pouco tempo. É impossível, nesse momento, comparar 1 mês com 16 anos...
Dentre as tantas formas de abordagens sobre essa inquietante expectativa, uma delas me impressionou pelo alcance e profundidade do pensamento do autor, que define a verdade sobre dois caminhos a trilhar: “O Brasil não precisa pacificar os ânimos para voltar a crescer e desenvolver. É o contrário. O Brasil precisa voltar a crescer e se desenvolver para o país se acalmar e avançar”. (Nizan Guanais, Folha, Edição 29/01/2019). Ele demonstra com grande acerto que não é pela emoção e pelo abatimento, ou curvados diante do Muro das Lamentações, que se resolverá os problemas sociais e econômicos, as graves dificuldades da educação e da saúde, além do caótico quadro de insegurança que entristece as nossas grandes cidades. E sim buscando os caminhos que fortaleçam a nossa economia através do restabelecimento da confiança dos investidores e motivando os empreendedores, a fim de que sejam ampliadas as oportunidades de trabalho. Alcançando essas metas, o estado de ânimo do país voltará à plena normalidade...