A cadeia produtiva do caju, uma das frutas mais populares do país, seja pelo seu total aproveitamento ou por ser produzida em diversos estados brasileiros, acaba de receber um importante incentivo na Bahia. Uma Central de Comercialização e Modernização de Processo Produtivo foi inaugurada pelo governador Rui Costa, na manhã desta terça-feira (13), no município de Ribeira do Pombal. O empreendimento é resultado de parceria do Governo do Estado, por meio da Companhia de Ação Regional (CAR), vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), com a Fundação Banco do Brasil e a Cooperativa dos Cajucultores Familiares do Nordeste da Bahia (Cooperacaju).
Na oportunidade, Rui entregou as chaves das duas novas agroindústrias para o processamento de caju construídas em Tucano e Lamarão e lançou o edital do programa Bahia Produtiva, voltado à fruticultura, abrangendo, entre outras, a cajucultura. Também por meio da CAR/SDR foram entregues dez barracas à Cooperacaju, para a participação em feiras. "A Bahia é estado com maior número de agricultores familiares no Brasil. Ao apoiar os pequenos produtores, ao ajudarmos eles a melhorarem a renda, o lucro que eles tiverem vai ser gasto nas cidades. Temos que apostar nisso. Com assistência, mecanização. Isso é a redenção da nossa gente, que vive no semiárido", afirmou o governador.
(Foto: Manu Dias/GOVBA)
Pouca gente sabe, mas a castanha é a fruta do caju. A outra parte, de cor vermelha, amarela ou alaranjada, é o pseudofruto, utilizado para produzir sucos, doces e polpas. De acordo com o presidente da Rede Cooperacaju, com as duas entregas de hoje, sobe para cinco o número de unidades de beneficiamento localizadas em Banzaê, Novo Triunfo, Ribeira do Amparo, Tucano e Lamarão. Nelas, é produzido tudo o que será vendido a partir de agora na Central de Comercialização, a preço justo e sem desvantagens para os cooperados. Ele destaca como um dos principais reflexos do investimento o aumento na renda dos cajucultores familiares, pois além de produzir e beneficiar, eles têm a possibilidade de comercializar. "A central tem o papel de levar os produtos diretamente para o consumidor e para as estatais, por meio de programas como o Pnae e o PAA, entre outros. Isso vai facilitar o escoamento da produção dos agricultores familiares. A partir do momento que o produtor tem a garantia de venda dos seus produtos, ele deixa de passar para os atravessadores. O atravessador tira o lucro dos cajucultores familiares".
Durante a inauguração da central, foi entregue ainda uma máquina automática para cortar castanha de caju, simbolizando os demais equipamentos instalados nas unidades de beneficiamento. De acordo com o assessor da gerência de assessoramento técnico da Fundação Banco do Brasil, Amarildo Carvalho, o processo que resultou na implantação das unidades de beneficiamento e na central de derivados do caju começou há dez anos. "A cultura do caju é uma das mais populares e a que mais afeta a agricultura familiar. Nosso trabalho inclui apoiar a base produtiva com assistência técnica na base, no plantio e no cultivo. A própria comunidade demandou as fábricas"...