Um paciente chamado Brasil: é o título do livro do ex Ministro da Saúde lançado nesta sexta (25)
Se é verdade que pandemias como a gripe espanhola não deixaram registros no Brasil dos bastidores políticos de governos para o seu enfrentamento, o mesmo não se poderá dizer em relação à COVID-19, o novo ponto de inflexão do século 21, a maior emergência sanitária enfrentada pela humanidade nos últimos 100 anos. Não faltarão detalhes a quem desejar pesquisar no futuro sobre aquilo que foi feito.
Tampouco faltará assombro face àquilo em que se decidiu por nada fazer, ainda que o custo da omissão fosse colocar em risco dezenas de milhares de vidas. Quem abre essa espécie de diário das mortes anunciadas, - e os embates ideológicos, em tempos de COVID-19 no coração do governo de Jair Bolsonaro - é o próprio Luiz Henrique Mandetta, ex-ministro da Saúde, demitido em 16 de abril por insistir em adotar as recomendações internacionais indicadas pela comunidade científica para conter a feroz escalada da disseminação do vírus...