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Artigo - Cresce a violência no Brasil

A violência no Brasil, que antes se concentrava em contextos específicos, ganhou novos contornos nos últimos anos. A partir da ascensão de movimentos de extrema-direita que a campanha e, mais ainda, a eleição de Jair Bolsonaro deram palco e luz, o país entrou em uma fase de polarização aguda, onde a intolerância deixou de ser um fenômeno apenas político para se espalhar por outros setores da vida cotidiana.

No trânsito, nos estádios de futebol, nas residências e até mesmo nas interações cotidianas no trabalho, escolas, praças o ódio tornou-se uma presença crescente, ameaçando o tecido social brasileiro...

ARTIGO - Lugar de fala

Queiram aceitar ou não, em especial os que são preconceituosos e discriminatórios, o mundo vem avançando no combate às questões que insistem em desrespeitar certos grupos sociais por suas origens, realidades ou opções. Na busca de justiça, tais movimentos pela inclusão têm sido atacados em suas corajosas posições.

Dentre a terminologia praticada, a expressão "politicamente correto" é alvo de ridicularização. Há quem ache "chato" o respeito às mulheres, pretos, indígenas, LGBTQUIAP+, idosos, obesos, religiosos, camponeses, portadores de deficiências físicas ou mentais, moradores de comunidades, refugiados, estrangeiros...

Artigo - Difícil equação

Como se faltassem temas de efetivo interesse da sociedade, o presidente Jair Bolsonaro segue se ocupando em atacar as urnas eletrônicas. Autocrático conflita com os demais poderes, a imprensa e qualquer um que não concorde com ele.

Seus correligionários, os que restaram depois de uma gestão catastrófica e na sua maioria manipulados pela cultura do ódio -- vazia defesa quando faltam argumentos --, empregam o que se convencionou denominar "linguagem memética". Algo que tem origem no que Richard Dawkins conceituou no livro "O gene egoísta". Trata-se da unidade fundamental conceptual da memória. Ou seja, para Bolsonaro e seus seguidores não há adversários políticos, só inimigos...

Artigo - A cruz de cada um

Todos os humanos, em distintos níveis de cultura e educação, têm símbolos. Pessoais e coletivos. A palavra símbolo tem origem no grego "symbolon", que designa algo concreto para representar algo abstrato (étnico, pátrio, religioso, esportivo, medidas de tempo ou matéria etc.).

A comunicação tem nos símbolos um elemento muito importante. Há os limitados a pequenos grupos, outros são conhecidos internacionalmente. Alguns objetos ou órgãos se tornaram símbolos, e são reconhecido visualmente de imediato. Por exemplo, um garfo e uma faca como identificação de um restaurante. Uma tesoura e um pente como identificação de um salão de beleza. O coração como referência de amor. Há também símbolos sonoros e gestuais...

Artigo - Cobaias humanas

A história, quando respeitada por quem a escreve, registra a verdade. Imaginar que ela possa servir apenas para perpetuar o que parece "bonito", não é ético e, muito menos, contribui para a evolução da humanidade. Assim, temos fatos - e não versões deles - que nos permitem importantes transformações, mudanças. E para melhor.

Há muitos anos, tive o privilégio de conversar com um personagem da História que, por seus méritos, foi, até hoje, a única pessoa a conquistar o Prêmio Nobel duas vezes, em áreas distintas e sem dividir com ninguém, Química (1954) e Paz (1962). O norte-americano Linus Carl Pauling está entre os cientistas mais relevantes de todos os tempos. Com centenas de artigos e vários livros publicados, foi um dos pais da Química Quântica e da Biologia Molecular. Linus, morto em 1994, deixou brilhante obra científica, além de ter sido um respeitado ativista contra os testes nucleares...

Artigo - O livre pensar, garante o livre existir

A Filosofia é essencial para o surgimento de um pensamento crítico, um questionamento saudável capaz de gerar uma discussão sobre diferentes verdades.

A atitude filosófica faz parte da vida de todos nós ao debater sobre a existência e, também, sobre o mundo e o universo. É o pensar, livre pensar. Para quem imagina que o filósofo é um utópico: "A Filosofia ensina a agir, não a falar", disse Sêneca há quase 2.000 anos, sábio estoico e um dos mais célebres advogados, escritores e intelectuais do Império Romano...

Artigo - Excesso não é sucesso

"Burnout" é uma expressão inglesa empregada quando se refere a algo que deixou de funcionar por extremo cansaço, total desgaste. A síndrome atinge, de modo crescente, profissionais de distintas áreas, em especial no setor de serviços, no qual as mudanças emocionais são mais frequentes. Na pandemia, por exemplo, tem acontecido com os profissionais da saúde e os entregadores de aplicativos.

A Síndrome de Burnout tem presença de múltiplas faces, e se caracteriza pelo esgotamento emocional, queda na realização de tarefas e despertencimento do trabalhador. Esse problema de saúde, embora ainda não reconhecido como tal, também se apresenta ao final das carreiras. Qual a hora certa de parar?..

Artigo - Crimes de lesa esperança

Quem mente é mentiroso, não importa a gravidade da mentira. Quem rouba um alfinete e quem rouba um carro são iguais, ambos ladrões. O motivo pelo qual cada um deles praticou o roubo, pode ser diferente tanto quanto serão menor ou maior as penas imputadas pela Justiça. Mas, são dois criminosos. Prevalece o princípio, o caráter, a índole e não o valor do bem roubado. Não há régua nem balança para medir mentira ou roubo.

É também criminoso quem furta sonhos? Sim. E esse bem é de um valor muito significativo, em especial para os que têm na esperança o seu último recurso de crença num mundo melhor, mais justo. Assim, penso que deveríamos ir à Delegacia de Proteção ao Consumidor registrar uma queixa contra o político que, eleito com o nosso voto conquistado por falsas promessas, não cumpriu com nada que ofereceu na campanha. E ainda se meteu em corrupção. Ou seja, propaganda enganosa. Falsidade ideológica. Crimes de lesa esperança...

Pinóquio: ficção ou realidade?

Ricardo Viveiros*

Há certos temas que são como certos sentimentos, embora ocorrentes tornam-se recorrentes. Portanto, diante do que está acontecendo na CPI da Covid-19 no Senado Federal, voltamos todos a falar sobre algo que se faz presente e causa indignação a quem, como muitos de nós, não tem esse péssimo hábito: mentir.

Foi na Itália que um jornalista chamado Carlo Lorenzini, nascido em Florença em 1826, escrevendo histórias infantis sob o pseudônimo de "Collodi" (o vilarejo de sua mãe, na Toscana) criou um personagem que - para a eternidade - se tornaria símbolo dos que contam mentiras. Em 1881, nascia o travesso "Pinocchio", com suas histórias escritas por Collodi e desenhadas por Eugenio Mazzanti...

Artigo - Pandemia x Pandemônio

Ricardo Viveiros*

Interessante observar como os humanos se comportam nas crises, como agora na COVID-19. Em razão das Mídias Sociais, ficou ainda mais fácil observar o fenômeno da busca de explicações para o que atinge a todos, sem exceções...